quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Meu sangue, só no fim...


Ser gay...
É poesia que se dá na alma...
É uma batalha diária contra boa parte do mundo e também o mundo que foi construido em si mesmo, antes de pensar ou poder ter escolhas...

É saber que buscar alguém para estar ao seu lado é uma fantasia utópica, tão distante quanto o infinito para os que não tem fé...

Ser gay é saber que sua familia será aqueles que você conquistar, que você se permita a amar, aqueles que aprendam a te amar por você ser você...
ou seja andarás só geralmente...

Ser gay é uma poética provação que apenas grandes guerreiros passam de forma digna...

Mas a grandeza que mora em mim faz com que eu não perca a esperança...
Eu não vou ne entregar, não vou mudar quem sou, não vou deixar de ser gay, não vou deixar de sonhar nem de procurar alguém para fazer parte da felicidade que em mim habita

A força contrária é enorme, sigo na missão amorosa e despreendida de ser pai e com isso pensei que as forças contrárias, social e espiritualmente falando diminuiriram em função de alimentar uma nova familia nuclear saudável e bonita...
Ledo engano...
É triste a mediocridade humana...
No entanto não haverá trégua de minha parte, eu sigo incansável até a morte na missão de evoluir enquanto lider espiritual e pai..

Cléber Otávio.

" e se eles querem meu sangue,terão o meu sangue só no fim... e se eles querem meu corpo só se eu estiver morto só assim..."
Cidade negra (Querem meu sangue-1994)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Submundo das paixões


Desço até os porões de minha alma para encontrar em minhas lembranças um pouco de ti...

As imagens são torpes e vagas, ainda assim com grande carga emocional o que as faz ficar nítidas ao me aproximar...

Volto das profundezas, repleto de boas impressões em minha aura, que se expande até a sua...

Caminho sobre o rio estige para ver sua alma banida...
Como filho do senhor das profundezas do submundo eu lhe convido para atravessar os vales da morte, para voltar a vida, não  apenas nosso amor, mas a essência de sua alma que se perde com o tempo que não existe como na terra, no submundo...
Ja envelhecemos 100 anos nestes meses,

A floresta que plantamos já cresceu e nossos filhos já esqueceram seu outro pai...
Arde...
O mar arde em chamas, o céu se desfez para sobrar apenas seu orgulho e apego a criança que manda em seu funesto sentir...
A terra do nunca se tornou sua realidade até acordar e  perceberes que...
A dimensão que criaste se esvaiu quando foste banido...
Então ouço teu chamado as portas do submundo... e seu coração sente minha presenca...
Estou indo amor...

Cleber Otávio.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Ariano..

Minha alegria está no amanhã...
Minha esperança está na alvorada que surge para romper a aurora...

A solidão é uma amiga íntima que anda comigo até nos lugares em que minha sombra não vai...

A poesia de minha alma está submersa e inalcançável até que as poesias funestas do mar revolto das emoções se acalme...

Mas mesmo com dor e sem ar busco fôlego nas canções, nas poesias que fogem de minhas mãos e encontram outro ventre para nascer hoje...

Então sou grato pela dor, de existir,de viver de cantar de voar em sonhos e me abraçar diante dos Deuses e no colo dos gigantes respirar o amor em verso e prosa...

Sou ariano,passional e apaixonado por natureza...
Mas evoluir me fez ter a grandeza do infinito
E a consciência de que tudo que vivo e escrevo pode ser lindo ou horrendo...
Mas já passou e amanhã terei andado, terei olhado tudo por outros ângulos, e tudo que passou será apenas uma lembrança...

Cleber Otávio.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Talvez

Mais um dia que se passou e eu aqui...
Mais uma noite sem a poesia dos teus olhos
Eu já esqueci seu rosto
Sua presença não passa de uma lembrança torpe que teima em voltar a minha mente...

Talvez sua passagem tenha feito eu me tornar
Duro e distante...
Talvez a perda dos amores que carreguei tanto tempo tenha feito eu esquecer que sinto...

Talvez o talvez tenha se perdido e o que ficou em mim são apenasas lembranças...
Então sigo cavalgando nas estradas funestas da solidão...

Cavalgo até um dia chegar infinito...
Para então me libertar deste corpo e ser lindamente livre... de novo...

Mas enquanto este dia não chega eu vivo na simplicidade que os espaços entre o céu e a terra me acolhem...

Enquanto este dia não chega eu escrevo,para me libertar da dor de estar vivo...
Escrevo para me lembrar quem sou...
Para esquecer quem fui ou quem foi...

Escrevo o passado, escrevo o futuro...
Escrevo o vôo de minha alma entre os mundos e na grandeza dos Deuses me reencontro para não mais me perder de mim...

Cleber Otávio.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O Sol e a Lua ...



Não caminho nas nuvens,
Mas o chão que piso as reflete...
O céu no chão
O chão do céu
Caminho solitário entre estes dois extremos mas sem pesar, pois não me sinto só...
Pois meus amores são como o céu e a terra... Não se tocam mas se refletem todo tempo...
Como o Sol e a Lua que se vêem apenas por instantes...
Como duas estradas
Que se cruzam, mas seguem em direções opostas...
E por vezes seguem juntas por muito tempo sem jamais se cruzarem novamente... Meu corpo é veículo de minha alma...
Entre os muitos caminhos e descaminhos que tocam meus pés me encontro sempre com a esperança... Pois a temperança que em em mim habita não me deixa esquecer que tudo que vivo
Faz parte de uma felicidade eterna...
Que me abraço todos os dias...
Para não me perder de mim...

Cleber Otavio

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Azul do Mar

Somos duas crianças felizes...
dois amantes que correm pela terra do nunca...
Incansável e fortemente nos mantemos...
Pegasus nos encontra e nele desbravamos o azul do céu...

Nos refletimos no azul do mar...
E nos deitamos a luz do Luar...
Prateada Luz da mãe Lua que brilha sua luz fria e nos faz lúcido diante de tanta gente insana...

Cleber Otavio.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Se eu não parar...

Se eu não parar pra olhar pra trás, talvez eu perca a chance de evoluir...
Se eu não parar pra sentir, talvez eu não consiga saber quem sou...

Mas se eu não parar pra estar com os meus filhos, talvez mais tarde eu não os reconheça...

Se eu não parar pra estar entre familiares,talvez me perca de minhas raízes...
Se eu não parar pra estar entre amigos, talvez eu perca a poesia de ser mais um, por alguns instantes...

Mas se eu não parar pra estar entre irmãos, certamente deixarei de viver a grandeza de me reconhecer na fotografia falada de alguém...

Se eu não parar pra escrever, talvez a poesia encontre outro ventre para nascer...

Por fim se eu não parar pra viver a paisagem que se estende no horizonte, provavelmente esquecerei que sou parte da paisagem de alguém que me olha, portanto de algo muito maior...
E todo silêncio que antes era saudade será simplesmente de esquecimento...

Cleber Otávio.

sábado, 18 de agosto de 2018

Dores...

As dores que tenho eu já não sei sentir
As cores das dores se perderam nas cinzas da morte...

Dores...

Não há chão que suportem tais dores...
Não há flores nos campos insólitos da solidão...
O sangue verte do sentir com as dores
Não existem palavras que possam traduzi-las
Nem há peito que há possa conceber...
Não há nada...
apenas dores...
Funestas como Lírios sobre seu túmulo...

A estrela matutina desperta o amanhecer...
que destrói um ser...
pois as dores que o consomem são tão profundas que não lhe podem ser tiradas sem acabar com ele...

Então a morte caminha mais uma vez sobre o absurdo e com ele transforma o pulsar de uma dor em apenas lembranças...

Cleber Otavio

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Livre Agora



" Hoje apenas a lançar meu olhar sobre o infinito... sobrevôo sobre o absurdo e aceito minhas forças...
Não se pode mudar o outro, posso mudar meu olhar ou minhas escolhas sobre isso apenas...
Posso apenas cavalgar livremente em meus campos, em minhas florestas internas, jamais na do outro...
Então sigo contente porque não preciso mais me fazer entendido, não preciso mais que me acolham ou me agradem ou me preocupar com o olhar do outro que só vai mudar isso...
Se quiser...
Livre, agora sinto o cheiro das flores no campo ao cavalgar, meus ser já não está mais congestionado com os fluidos so outro...
Livre agora sinto o vento a acariciar meu rosto e o calor sincero do Sol...
Livre agora percorro as avenidas da vida sem me preocupar com a mudança porque sempre que é necessário... eu mudo e apenas isso importa...
ser livre agora...

Cleber Otávio.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Domínios Da Água


Abro os braços diante do portal das almas...
abro os braços diante do espelho dos céus...
Submerso as brumas que invoquei,
aceito e acordo para a realidade...
No portal dos sonhos vislumbrei o futuro e então finalmente consegui entregar a dor de minha sina...

Cavalguei para fora dos domínios da água...
todas as dores ficaram nas águas e a força de seu movimento animou minha alma...
mais uma vez...
Mais uma vez A cura vem pelas águas... bem como uma antiga maldição... que tem um nome que jamais pode ser pronunciado...
Cléber Otávio.

sábado, 14 de julho de 2018

Novo Significado

Os poemas de morte insistem em submergir de minha alma desde sua partida...

Na liberdade dos desencontros afetivos mora morte...
Meu luto reside em renascer com outra consciência,
em amanhecer em outro peito...

Então alguém chega e sem querer leva a solidão para as sombras do esquecimento...
Tudo ganha um novo significado...

o passado virou experiência e o futuro, esperança novamente...

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Os Lírios...


Caminhei muitas noites nos escombros da solidão e dor... Minha alma jamais o encontrou depois que você se perdeu de si... Os Lírios de nosso jardim morreram, mas os do cemitério ficarão belos como a sombra da Lua... Um lindo funeral se aproxima e do alto da montanha vislumbro o senhor dos mortos a buscar mais uma alma... Um sentir funesto me abraça...
então ofereço uma romã ao monarca do submundo... Meu pai.... Então sigo cavalgando para mais uma grande batalha... Pois a grande guerra só termina quando meu espírito não fizer mais morada neste corpo...
Então adeus...
Adeus..

Cleber Otavio

domingo, 3 de junho de 2018

Fenda...

Eu ja esqueci teu rosto...
Mas naquela noite foi como se os anjos tivessem dito amém para meus Desejos.

Toda dor e escuridão que eu carregava em mim se perderam nos teus lábios,na tua pele alva...

Segui cavalgando pela estrada fora... mas minha alma ficou abraçada na tua...
como se fosse a última pessoa que eu pudesse tocar antes da fenda se fechar...

Cleber Otavio.