quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Bem viver

É dificil renascer
As feridas são fundas
Os desafios são muitos

Os mistérios entre os mundos são como brumas densas de uma alvorada incerta...
Quantas noites e quantos dias o Sol e a Lua apenas se acenam sem jamais se tocar...
Quantos sacrificios mais serão feitos?
Quanta dor é necessaria para se fazer um homem, um guerreiro,um monstro?

Como desbravar o desígnio dos deuses sem se perder de si?
Se o dia amamhecerbe eu estiver neste corpo talvez eu descubra...
Vou acordar mais um dia...
Vou dormir mais uma noite...
Vou gozar antes que seja tarde...

Não sou Deus nem astro...
Fico satisfeito em ser apenas eu...
E continuarei voltando...
Pois para descobrir os mistérios da vida...
É preciso viver
Um dia de cada vez...

Cléber Otávio.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Tua Jovialidade...


...Tua jovialidade,tua coragem desastrada, ávida e ansiosa por desbravar as muitas florestas da vida...

Tua jovialidade alimenta a esperança que por vezes fica entorpecida com a velhice que arde com a saudade de um tempo e um corpo que já não me pertencem...

Tua jovialidade me teletransporta para a mocidade que renasce com teu sorriso e tua voz quando fala ao meu ouvido...

Tua jovialidade em meio a tua existência me remete a uma alma antiga em um corpo jovem... que quando me abraça posso sentir tua alma que ultrapassa a inocência que o tempo que o seu corpo na terra tem...

Tua jovialidade é apenas fisica...
Pois sinto como se já estivéssemos corrido por muitos caminhos juntos...

Mas do amanhã espero apenas o gozo que tua jovialidade me traz ao encontrar com a minha maturidade...
Espero apenas que nossas almas se abrassem sempre que tivermos contato...
Como se o amanhã não pudesse existir...

Cleber Otavio.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Dois dias na Eternidade


O tempo passa e com ele as poesias que não escrevi...
Os amores que não vivi
As paisagens que não vi
Ou mesmo as canções que não ouvi...

Mas bem como o a roda da vida, o tempo anda sempre pra frente neste plano...
Nossa já se passou um ano!
Quanto tempo se vive como humano?

Apenas dois dias na eternidade
Nem há tempo pra saudade
Ou pra medir minha idade...

As noites vão os dias vem
Vejo tudo pela janela do trem...
Trem da vida que acabou como um sonho...
Acordei no infinito, risonho

Por não me acabar
Por sentir e ainda amar
Por poder gritar, cantar...
E por fim entardecer com o horizonte
A me fazer mar...

Cleber Otavio

sábado, 3 de agosto de 2019

Escombros de amor

Fujo do sentir para não ser o que não quero...
Deixei o que construímos porque não há como manter sozinho o que foi feito para ser mantido por dois...

Então saio caminhando deste lugar bonito, com algumas lembranças... ternas,mas dolorosas porque tornaram se uma miragem...
Um sonho distante como o ápice de nosso amor...

Sigo em minha solidão por lugares escabrosos que construí para viver sozinho...
Sem esperança de viver a poesia que parece ter sido perdida...

Abro os olhos e tenho o calor de outto corpo...
ACordo sorrindo até perceber que não é você...
Finjo que está tudo bem e que realmente não te gosto, pois meu coração é duro e minhas lágrimas já secaram...

Ouço o rádio e nas notas cantadas, vejo nos versos a poesia que vivíamos...
Bocejo para disfarçar e por fim olho na estrada a vida que ficou pra trás...

E agradeço por estar aqui para escrever isso e me manter lúcido diante de tanta desonra...
Afinal, eu não consigo mais viver em escombros de amor...
Pois a grandeza que mora em minha alma não cabe em lugares ou sentimentos pela metade...

Cleber Otavio.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Inverno das paixões


De repente o inverno das paixões se foi...
A luz do dia fez acordar as flores e a esperança novamente...
Sim...
Alguém tirou toda a tristeza que eu carregava Na alma...

Me devolveu um sorriso sincero
Me fez esquecer o que me fazia sofrer e
Por fim me aqueceu,
Aqueceu meu coração gélido e sofrido...
É...
você voltou...
E rogo apenas que aí nos campos da solidão aonde vives minha presença não se desfaça com sua tristeza...
Logo os muros que nos separam cairam...
Logo teremos um horizonte lindo pela frente
Correremos nus pelos vales e montanhas no mundo que construímos para nossa felicidade...

Ah se o amor pudesse ser medido com água...
Eu te amaria como um oceano...
Se o amor pudesse ser medido em cores,
nosso arco irirs seria infinito...
Infinito como o céu quando visto das montanhas...

Seque suas lágrimas agora,
Pois logo o único motivo que terás pra chorar é a felicidade...
Nunca mais de saudades...
Pois o inverno das paixões vai acabar e uma florida e terna primavera há de nos abencoar...

Cléber Otávio

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Coração da Floresta

Mais um dia amanhece, e a cama está vazia novamente...
Sem meus pupilos para amar
Vou desbravar a floresta...
Antes rezo ao Deus cornífero e peço proteção a Sarita Saragô...

Passo pelas avenidas largas até chegar a floresta e por elas me perco...
Me perco para me encontrar em seu coracão.
Magestosa e poética como sempre...

No calor do interior de um corpo desejoso de mim, em êxtase encontro o que há de melhor e mais sagrado em meu ser...

Meu animal de poder que sempre me guia
De forma poética e viril...
Alguém retirou o peso de meus anseios,
O infinito está longe ainda,

Mas já vislumbro os unicórnios a voar a arvore sagrada da vida,anunciando um bem viver que logo despontará...

Cleber Otavio.

terça-feira, 30 de abril de 2019

A Morte lhe cai bem


Apenas a morte lhe cai bem...
Tantas meias escolhas,
tantas mentiras
Tantos devaneios fúteis
Sobre o amor...
Sobre a dor, a beleza ou falta dela no bem viver...

A dor de estar vivo e de amar outro igual com tanta força e ainda assim não conseguir de sentir bem com isso...
Nunca poderão nos acusar de amor...
Mas quem inventou a dor?
Foi quem fugiu...

A mãe Lua nos abençoou...
E hoje nos observa enquanto senhora dos mortos...
Por isso
Certamente a morte lhe cai bem...

Cleber Otavio

quinta-feira, 11 de abril de 2019

A Lucidez se perde no Absurdo...

A lucidez se perde no absurdo
quando negamos nossa essência...
quando a inabilidade vence o amor
quando a distância sufoca a verdade...
A verdade que está dentro de si...
A verdade que está em tudo e ainda assim
O absurdo encontra saída...

A lucidez se perde no absurdo
Quando a doença despreza o brilho da mãe Lua...

Quando os descaminhos se tornam caminhos e se cruzam como poesias gêmeas que se perderam no infinito e se reencontram no esplendor do perdão...

A lucidez se perde no absurdo com as surpresas boas ou ruins...
Com as escolhas inesperadas...
A lucidez e perde sim no absurdo quando entro no mundo do outro e me perco de mim para entende-lo...
Submerso em seu mundo eu me encontro com a versão que fazes de mim em seu interior...
Chocado com a distância que tenho de tal coisa, demoro para encontrar a saída...
Demoro mais ainda para voltar pra mim...
Demoro ainda mais para aceitar tal visão...

Já morando em mim, minha lucidez se perde no absurdo mais uma vez, pela minha tolice de acreditar que pode ser diferente...
Por outro lado como não acreditar em coisas tão fortes como o amor?

Se eu não acreditar nisso minha lucidez vai se perder pra sempre no absurdo e a loucura tomará seu lugar...
Então sigo acreditando que o amor acontece em terras férteis...
E antes de morrer os pássaros carregam sua semente para outra terra...
Por que o amor não se perde, apenas se transforma para acontecer aonde pode ser acolhido...

Cleber Otávio.

domingo, 10 de março de 2019

Justiça

A justiça...
É cega, surda mas fala
Com o tempo
Com o vento...
Age no limiar que está entre a vida e a morte
Por vezes silenciosa
Por vezes anunciadora
Mas sempre assertiva...

A justiça é companheira dos imortais
Dos que tem consciência
Dos que tem principio...
E inimiga severa dos mentirosos...

Age nos espaços que o tempo não existe
Age entre os mundos
Age no seu mundo interno sem perceberes
E por fim age em todos os caminhos...
Ajustando cada ponto e vírgula em sua balança...

A justiça nunca tarda e jamais falha...
Apenas se transforma no que for necessário para acontecer e nunca deixar de existir...

Cléber Otávio.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Meu sangue, só no fim...


Ser gay...
É poesia que se dá na alma...
É uma batalha diária contra boa parte do mundo e também o mundo que foi construido em si mesmo, antes de pensar ou poder ter escolhas...

É saber que buscar alguém para estar ao seu lado é uma fantasia utópica, tão distante quanto o infinito para os que não tem fé...

Ser gay é saber que sua familia será aqueles que você conquistar, que você se permita a amar, aqueles que aprendam a te amar por você ser você...
ou seja andarás só geralmente...

Ser gay é uma poética provação que apenas grandes guerreiros passam de forma digna...

Mas a grandeza que mora em mim faz com que eu não perca a esperança...
Eu não vou ne entregar, não vou mudar quem sou, não vou deixar de ser gay, não vou deixar de sonhar nem de procurar alguém para fazer parte da felicidade que em mim habita

A força contrária é enorme, sigo na missão amorosa e despreendida de ser pai e com isso pensei que as forças contrárias, social e espiritualmente falando diminuiriram em função de alimentar uma nova familia nuclear saudável e bonita...
Ledo engano...
É triste a mediocridade humana...
No entanto não haverá trégua de minha parte, eu sigo incansável até a morte na missão de evoluir enquanto lider espiritual e pai..

Cléber Otávio.

" e se eles querem meu sangue,terão o meu sangue só no fim... e se eles querem meu corpo só se eu estiver morto só assim..."
Cidade negra (Querem meu sangue-1994)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Submundo das paixões


Desço até os porões de minha alma para encontrar em minhas lembranças um pouco de ti...

As imagens são torpes e vagas, ainda assim com grande carga emocional o que as faz ficar nítidas ao me aproximar...

Volto das profundezas, repleto de boas impressões em minha aura, que se expande até a sua...

Caminho sobre o rio estige para ver sua alma banida...
Como filho do senhor das profundezas do submundo eu lhe convido para atravessar os vales da morte, para voltar a vida, não  apenas nosso amor, mas a essência de sua alma que se perde com o tempo que não existe como na terra, no submundo...
Ja envelhecemos 100 anos nestes meses,

A floresta que plantamos já cresceu e nossos filhos já esqueceram seu outro pai...
Arde...
O mar arde em chamas, o céu se desfez para sobrar apenas seu orgulho e apego a criança que manda em seu funesto sentir...
A terra do nunca se tornou sua realidade até acordar e  perceberes que...
A dimensão que criaste se esvaiu quando foste banido...
Então ouço teu chamado as portas do submundo... e seu coração sente minha presenca...
Estou indo amor...

Cleber Otávio.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Ariano..

Minha alegria está no amanhã...
Minha esperança está na alvorada que surge para romper a aurora...

A solidão é uma amiga íntima que anda comigo até nos lugares em que minha sombra não vai...

A poesia de minha alma está submersa e inalcançável até que as poesias funestas do mar revolto das emoções se acalme...

Mas mesmo com dor e sem ar busco fôlego nas canções, nas poesias que fogem de minhas mãos e encontram outro ventre para nascer hoje...

Então sou grato pela dor, de existir,de viver de cantar de voar em sonhos e me abraçar diante dos Deuses e no colo dos gigantes respirar o amor em verso e prosa...

Sou ariano,passional e apaixonado por natureza...
Mas evoluir me fez ter a grandeza do infinito
E a consciência de que tudo que vivo e escrevo pode ser lindo ou horrendo...
Mas já passou e amanhã terei andado, terei olhado tudo por outros ângulos, e tudo que passou será apenas uma lembrança...

Cleber Otávio.