sábado, 3 de agosto de 2019

Escombros de amor

Fujo do sentir para não ser o que não quero...
Deixei o que construímos porque não há como manter sozinho o que foi feito para ser mantido por dois...

Então saio caminhando deste lugar bonito, com algumas lembranças... ternas,mas dolorosas porque tornaram se uma miragem...
Um sonho distante como o ápice de nosso amor...

Sigo em minha solidão por lugares escabrosos que construí para viver sozinho...
Sem esperança de viver a poesia que parece ter sido perdida...

Abro os olhos e tenho o calor de outto corpo...
ACordo sorrindo até perceber que não é você...
Finjo que está tudo bem e que realmente não te gosto, pois meu coração é duro e minhas lágrimas já secaram...

Ouço o rádio e nas notas cantadas, vejo nos versos a poesia que vivíamos...
Bocejo para disfarçar e por fim olho na estrada a vida que ficou pra trás...

E agradeço por estar aqui para escrever isso e me manter lúcido diante de tanta desonra...
Afinal, eu não consigo mais viver em escombros de amor...
Pois a grandeza que mora em minha alma não cabe em lugares ou sentimentos pela metade...

Cleber Otavio.