A beleza sobrevoa o absurdo,
fazendo sua vigília em meio ao caos, ele transita entre os mundos e repousa sua sabedoria em poemas
que nascem por trás do arco íris...
Na imensidão eterna de sua alma moram os ardores de fúria
moram os anseios ávidos de um menino que outrora existiu
bem como a consciência de homem maduro...
Quando todos os seus desejos forem negados
quando sua fé for posta em cheque as avenidas que ele percorre
se encontrarão com seu destino...
Quando as caixas cúbicas do além forem desbravadas
seu domínio será efetivo e seu sentimento de paz reinará
mais uma vez, mais uma vez....
A guerra que há entre a imensidão interior que lhe governa e sua mente sessará
e seus anseios definharão a beira do grande mar...
O certo e o errado serão um só e um sentido maior vai ser encontrado,
um sentido maior, ainda não conhecido, ainda não desbravado,
um sentido maior que ainda mora nas brumas distantes de uma montanha que ainda não foi vencida...
Mas será...
Então mais uma vez a beleza sobrevoa o absurdo, nos campos férteis da imaginação,
seu futuro é visto pelos olhos de uma águia que sobrevoa a tal montanha...
mas para seu desgosto, não lhe revela totalmente o que ainda há de vir...
então suas canções e poemas tem apenas a fantasia de uma esperança misteriosa...
Misteriosa, mas cheia de vigor...
Cléber Otávio.