quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Talvez

Mais um dia que se passou e eu aqui...
Mais uma noite sem a poesia dos teus olhos
Eu já esqueci seu rosto
Sua presença não passa de uma lembrança torpe que teima em voltar a minha mente...

Talvez sua passagem tenha feito eu me tornar
Duro e distante...
Talvez a perda dos amores que carreguei tanto tempo tenha feito eu esquecer que sinto...

Talvez o talvez tenha se perdido e o que ficou em mim são apenasas lembranças...
Então sigo cavalgando nas estradas funestas da solidão...

Cavalgo até um dia chegar infinito...
Para então me libertar deste corpo e ser lindamente livre... de novo...

Mas enquanto este dia não chega eu vivo na simplicidade que os espaços entre o céu e a terra me acolhem...

Enquanto este dia não chega eu escrevo,para me libertar da dor de estar vivo...
Escrevo para me lembrar quem sou...
Para esquecer quem fui ou quem foi...

Escrevo o passado, escrevo o futuro...
Escrevo o vôo de minha alma entre os mundos e na grandeza dos Deuses me reencontro para não mais me perder de mim...

Cleber Otávio.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O Sol e a Lua ...



Não caminho nas nuvens,
Mas o chão que piso as reflete...
O céu no chão
O chão do céu
Caminho solitário entre estes dois extremos mas sem pesar, pois não me sinto só...
Pois meus amores são como o céu e a terra... Não se tocam mas se refletem todo tempo...
Como o Sol e a Lua que se vêem apenas por instantes...
Como duas estradas
Que se cruzam, mas seguem em direções opostas...
E por vezes seguem juntas por muito tempo sem jamais se cruzarem novamente... Meu corpo é veículo de minha alma...
Entre os muitos caminhos e descaminhos que tocam meus pés me encontro sempre com a esperança... Pois a temperança que em em mim habita não me deixa esquecer que tudo que vivo
Faz parte de uma felicidade eterna...
Que me abraço todos os dias...
Para não me perder de mim...

Cleber Otavio

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Azul do Mar

Somos duas crianças felizes...
dois amantes que correm pela terra do nunca...
Incansável e fortemente nos mantemos...
Pegasus nos encontra e nele desbravamos o azul do céu...

Nos refletimos no azul do mar...
E nos deitamos a luz do Luar...
Prateada Luz da mãe Lua que brilha sua luz fria e nos faz lúcido diante de tanta gente insana...

Cleber Otavio.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Se eu não parar...

Se eu não parar pra olhar pra trás, talvez eu perca a chance de evoluir...
Se eu não parar pra sentir, talvez eu não consiga saber quem sou...

Mas se eu não parar pra estar com os meus filhos, talvez mais tarde eu não os reconheça...

Se eu não parar pra estar entre familiares,talvez me perca de minhas raízes...
Se eu não parar pra estar entre amigos, talvez eu perca a poesia de ser mais um, por alguns instantes...

Mas se eu não parar pra estar entre irmãos, certamente deixarei de viver a grandeza de me reconhecer na fotografia falada de alguém...

Se eu não parar pra escrever, talvez a poesia encontre outro ventre para nascer...

Por fim se eu não parar pra viver a paisagem que se estende no horizonte, provavelmente esquecerei que sou parte da paisagem de alguém que me olha, portanto de algo muito maior...
E todo silêncio que antes era saudade será simplesmente de esquecimento...

Cleber Otávio.

sábado, 18 de agosto de 2018

Dores...

As dores que tenho eu já não sei sentir
As cores das dores se perderam nas cinzas da morte...

Dores...

Não há chão que suportem tais dores...
Não há flores nos campos insólitos da solidão...
O sangue verte do sentir com as dores
Não existem palavras que possam traduzi-las
Nem há peito que há possa conceber...
Não há nada...
apenas dores...
Funestas como Lírios sobre seu túmulo...

A estrela matutina desperta o amanhecer...
que destrói um ser...
pois as dores que o consomem são tão profundas que não lhe podem ser tiradas sem acabar com ele...

Então a morte caminha mais uma vez sobre o absurdo e com ele transforma o pulsar de uma dor em apenas lembranças...

Cleber Otavio

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Livre Agora



" Hoje apenas a lançar meu olhar sobre o infinito... sobrevôo sobre o absurdo e aceito minhas forças...
Não se pode mudar o outro, posso mudar meu olhar ou minhas escolhas sobre isso apenas...
Posso apenas cavalgar livremente em meus campos, em minhas florestas internas, jamais na do outro...
Então sigo contente porque não preciso mais me fazer entendido, não preciso mais que me acolham ou me agradem ou me preocupar com o olhar do outro que só vai mudar isso...
Se quiser...
Livre, agora sinto o cheiro das flores no campo ao cavalgar, meus ser já não está mais congestionado com os fluidos so outro...
Livre agora sinto o vento a acariciar meu rosto e o calor sincero do Sol...
Livre agora percorro as avenidas da vida sem me preocupar com a mudança porque sempre que é necessário... eu mudo e apenas isso importa...
ser livre agora...

Cleber Otávio.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Domínios Da Água


Abro os braços diante do portal das almas...
abro os braços diante do espelho dos céus...
Submerso as brumas que invoquei,
aceito e acordo para a realidade...
No portal dos sonhos vislumbrei o futuro e então finalmente consegui entregar a dor de minha sina...

Cavalguei para fora dos domínios da água...
todas as dores ficaram nas águas e a força de seu movimento animou minha alma...
mais uma vez...
Mais uma vez A cura vem pelas águas... bem como uma antiga maldição... que tem um nome que jamais pode ser pronunciado...
Cléber Otávio.