domingo, 30 de outubro de 2016

Jamais Existirei de novo...


O tempo passou e nada parece ter mudado em minha aura....
O tempo passou e nada parece ter mudado em meu peito...
O tempo não passou em algum lugar,
mas apenas nós passamos...

Vejo o início, vejo o fim desta era,
Deste Sol que um dia irá se apagar para tudo ser escuridão novamente....

E quando tudo voltar pra escuridão, tudo recomeça...
Mais uma vez...
e então será que algum dia existiu?
Será que algum dia deixou de existir?

Sou imortal, pois na dimensão que meu espírito foi criado, não há tempo...
Então como universo nunca deixei de existir e jamais existirei de novo....

Cléber Otávio.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Não entre docilmente nessa noite escura ( tradução do texto original)


Não entres docilmente nesta noite serena,
Porque a velhice deveria arder e delirar no termo do dia;
No fim ainda que oa sábios aceitem as trevas,
Porque se esgotou o raio nas suas palavras.
Eles não entram docilmente nesta noite serena.
Homens bons que clamaram, ao passar a última onda, como podiam.
O brilho das suas frágeis ações ter dançado na baía verde.
Odiai, odiai a luz que começa a morrer.
E os loucos que colheram e cantaram o vôo do Sol e aprenderam muito tarde, como feriram no seu caminho, não entram docilmente nessa noite serena.
Junto da morte, homens graves que vedes com um olhar que cega.
Quando os olhos cegos fugiriam como meteroros e seriam alegres,
Odiai, odiai a luz que começa a morrer.
E de longe, meu pai, peço-te que nesta altura sombria venhas beijar ou amaldiçoar-me com tuas cruéis lágrimas.
Não entre docilmente nesta noite serena.
Odeia, odeia a luz que começa a morrer.

Dylan Thomas
(Tradução Fernando Guimarães)

Não entre docilmente... tradução do trecho recitado mo filme (Interestelar)



Não adentre a boa noite apenas com ternura
A velhice queima e clama ao raiar do dia...
fúria, fúria contra a luz que já não fulgura.

Embora os sábios no fim da vida saibam que é a escuridão que perdura,
porque suas palavras não capturaram a centelha tardia...

Não adentre a boa noite apenas com ternura...
fúria, fúria contra a luz que já não fulgura....

Dylan Thomas

"Poesia recitada do filme Interestelar"

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Poemas Tímidos


Hoje acordei sentindo sua presença em mim...

Meus lençóis estavam vazios...
nele reinam apenas a terna lembrança dos teus olhos fixados nos meus...

Mas tenho medo...
De não saber sair dos teus Abraços...
De mergulhar em teus olhos e neles me perder...
Tenho medo de chegar ao seu coração e percorrer como sangue teu corpo e não saber voltar a mim...
Não saber voltar...

Mas gosto de pensar nisso...
nos nossos labios se tocando e nossos corpos se fundindo como se fossemos um só corpo...
Um coração apenas feito de poesia...
Feito do amor mais puro que o criador pôde compor em um momento de inspiração...

Talvez tudo isso não deixe de ser uma sombra aqui descrita do meu sentir...
Mas ainda assim gosto de pensar como seria...
Por fim tenho saudade do teu cheiro que alimenta poemas tímidos como este...

Cléber Otávio.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Pangéia Obscura



O céu silencia e chuva cessam por alguns instantes...
O fogo dos céus é libertado para fazer justiça...
calar as bocas que muito falam
lavar de sangue o esteio das almas para assim alimenta-las...

Quem o mal fez com ele ficará...
Com ele dormirá e na sua dor definhará
esperando a morte chegar...

Quando a morte chegar a liberdade será um sonho
A felicidade uma sombra distante
A esperança um pesadelo que nada pode tocar...

A justiça ainda assim não cessará...
pois o mundo só curará essas dores
quando sua alma se perder na escuridão...
Na Pangéia obscura de onde tudo vem...
Para onde tudo um dia voltará...

Então o tempo terá feito a maldade nunca existir
e um mundo sem dores Renascerá...

Cléber Otávio

domingo, 16 de outubro de 2016

Oceania



A um suspiro de distância da mãe oceania
Seus pés ágeis deixam impressões
Em minhas areias
Você fizeram o bem para vocês
Desde que vocês deixaram meu abraço molhado
E rastejaram à praia
Todo menino, é uma cobra é um lírio
Toda pérola é um lince
É uma menina
Como doce harmonia feita em carne
Vocês dançam junto a mim
Crianças sublimes
Vocês me mostram continentes
- Eu vejo ilhas
Vocês contam os séculos
- Eu pisco meus olhos
Falcões e pardais correm em minhas águas
Raias estão flutuando Pelo céu
Pequenos - meus filhos e minhas filhas
Seu suor é salgado
E eu sou o motivo
Eu sou o motivo

Björk

https://m.youtube.com/watch?v=Fzbapsq4qCI

sábado, 8 de outubro de 2016

Bissexualidade... ou sexualidade?


Bissexualidade ou simplesmente sexualidade?
Quantos de nós já mos pegamos desejando pessoas de gênero igual quando nos intitulamos Heterossexuais ou nos pegamos sentindo desejo e até paixão por alguém do sexo oposto quando nos intitulamos gays...
Fase???
Quantos conhecem a intimidade no calor incontrolável de algum parente sanguíneo...
Porque???
Na verdade nas línguas antigas e nas civilizações antes da idade média não havia restrições no que tange a sexualidade.
Não haviam palavras como gay, hetero ou bissexual. Havia apenas sexualidade. A culpa pelo sentimento e desejo sexual foi produzido primeiramente pela igreja ao se tornar parte do antigo império romano... pois era necessários homens para a guerra...
E depois a tirania dos homens usando o nome de Deus comandando igrejas Católicas e depois evangélicas produzem todos os dias o pânico e a culpa no ser humano pelo que sente, pelo que deseja fazendo-nos trair a nossa natureza todos os dias...
A Natureza linda e terna que Deus nos deu ao nos criar... e assim a partir de conceitos burros que insistimos em não mudar nos separamos por gênero, por cor, por crenças e por origem...

Estamos involuindo e todo aquele que teima em comportar-se de forma natural, ou seja como Deus nos fez... Nós o julgamos, o maltratamos,o matamos socialmente e as vezes fisicamente...

Por fim talvez sejamos todos Naturalmente Bissexuais, somos todos naturalmente humanos , quando não estamos condicionados a contrariar nossa natureza desde a barriga...
Um convite a pensar, um convite a mudar nossa postura estúpida...
Pensemos e comecemos a mudar...

Cléber Otávio

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Tocar o Intangível...



Há uma torre de Pedras que perfuma seu lar...
Seua braços são grandes, seu coração ainda maior...
Ele abraça cães morimbundos, irmãos perdidos, irmãos que carregam batalhas perdidas e em seu ombro lamentam o pesar que os assola...
Sua casa transpira aconchego e esperança, seu quintal é composto pelo horizonte mais lindo do mundo : Niterói /Rj.
Seu coração se contorce em seu peito e seu rosto sério tenta esconder suas preocupações, mas logo o seu sorriso denuncia a grandeza de sua alma...
Jerry São apenas alguns amigos que tem o poder de tocar o Intangível em mim...
Minha alma...
obrigado por tudo!!!

Cléber Otávio

domingo, 2 de outubro de 2016

Pelos Olhos...


Pelas Janelas do grande pássaro, vejo as nuvens...
poderia dizer apenas nuvens, mas não...
O que vejo é que meu limite vai muito além do céu que vislumbro quando lá embaixo estou...

Pelas janelas dos meus olhos vejo esperança, mas não apenas o sinal de uma estrela vespertina, mas a esperança como alimento da fé transformadora que me move...

Pelos olhos de meus filhos ora vejo medo, ora vejo distância ora vejo o reflexo do que fui...
Pelos olhos de meus pais ora vejo tensão ora vejo temperança,
O que reflete o que posso ou não me tornar...
O que é certo é que quando enxergo o espelho das almas pelos olhos da Deusa... sempre me reconheço, pois já não me perco mais de mim...

Cléber Otávio.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Missão

https://m.youtube.com/watch?v=0ayRCPgKt1I
Achas mesmo que teu uniforme vai calar a minha voz?
Achas?
Achas que tua estupidez vai ficar entre eu e os meus sonhos?
Ledo engano, te metesse com as pessoas erradas...
Ninguém ficará entre eu e minha missão! Podes não enxergar mas é Deus que está ao meu lado... é a Deusa mãe que faz de mim seu habitat...
É em meus olhos que se reflete seu brilho e é em minhas mãos que o machado da justiça trabalha... Há uma espada que me guarda, a mim e meu caminho... Então te curvarás... tu e quem a ti faz de fantoche, nem que seja em pedaços...

Cléber Otávio.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Limiar do Submundo

Eu poderia ser o meu projeto de ontem, mas não sou...
Eu poderia Dormir com o calor de um corpo quente hoje, mas durmo só...
Eu poderia ser o que pensava ser, ter o que desejava ter, viver o que aspirava...
Mas sou o melhor que posso, tenho o que posso e vivo um dia de cada vez...

Talvez os corpos quentes não façam mais sentido
Talvez meus projetos de mim e pra mim não façam mais sentido
Talvez meus inventários sobre mim tenham ficado obsoletos e
os meus desejos se perderam entre a razão e os sonhos...

O que me faz sentido é ter o coração aquecido
e muitas vezes não posso esperar isso de ninguém além de mim...
O que projeto sempre entrego a algo maior, então sempre é melhor do que posso aspirar...
Me refaço na escuridão da noite, jogo -me do penhasco mesmo quando não vejo o fim
e em círculos sagrados renasço das cinzas como o que nomeia a ordem que sirvo...

O Vale do desespero e as estradas de solidão ficaram para trás...
já não cabem em meu caminho...
Sobrevoei em um lugar em que o tempo não existe
e lá enxerguei com os olhos Da Deusa mãe...
A escuridão de onde vim e a luz que sigo...
Sua luz... sua voz e espelhos que refletem o que tenho de mais bonito...

As dúvidas e as angústias me despiram em meio a escuridão
e como sombra vago no limiar do submundo com o ferreiro
que afia as armas com as quais travo minhas batalhas internas
E então exorciso meus monstros e mato meus medos
e assim caminho a passos para a maturidade
Sem jamais abandonar a intensidade apaixonante e a poesia que me alimentam a alma...

Cléber Otávio

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Amanhã


Acordei hoje com a minha cama cheia de mim
E meu coração cheio de saudades do amanhã...

Cléber Otávio

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Sonhando?

Olhamos nas diversas direções do mundo e não conseguimos ver...

Vivemos a procura de algo que não sabemos explicar,
mas procuramos...
Rezamos...
Suplicamos por algo que nos dê alívio na alma...

Mas Nutrimos plantas mortas...
Alimentamos amores inexistentes
Escondemos nossos desejos de nós mesmos
Na esperança de nos sentirmos sem culpa perante os nossos iguais
e a moral que nossos predecessores criaram...

Vivemos a sombra do que sentimos
na esperança de esquecer quem realmente somos
para assim não sentir as dores de ter a consciência acordada
pela verdade imutável que a Grande Mãe nos confronta...

Quando nos refletimos em frente aos espelhos do lago das almas
Quando questionamos nossa existência e nos perguntamos:
Porque estou aqui?

Eu sei porque estou aqui
Sei que porque sinto amor,
Sei por que sinto...
E você Já acordou?
Ou ainda estás sonhando?

Cléber Otávio