domingo, 13 de março de 2016

Calor dos Teus Abraços


Vislumbro o horizonte pelos olhos das gaivotas,
Nele, perco os meus sentidos...
Ofuscado pela beleza do por do Pai Sol
Que dentre tantas cores
Brilha a saudade do calor dos teus abraços

Cléber Otávio.

Porões do Submundo


Em algum lugar do tempo as cores do horizonte se fundiram com a lucidez...

Em algum lugar...

Em algum lugar do tempo, inalcansáveis se tornaram suas escolhas...

O centro do universo do seu infinito particular
enviou sua alma para os porões do Submundo...

Lá...
Seu nome é desespero e o sopro que antes era de vida
agora aspira a morte
Agora se alimenta dos seus medos em funesta solidão...

Cavalgando entre a dor e o desespero seu anjo o resgata...

Mas será que ela vai pular do penhasco?
Se jogar sem ver o fundo
sem ver o fim,
Acreditar no que não conhece,
Confiar no que não vê e ainda assim crer...

Mais uma noite os lobos uivam sobre a montanha
os ventos sopram magia e o espelho da Deusa mãe reflete seu íntimo
as espadas do grande pai lhe rasgam o plexo
e ela flutua sobre o absurdo...

Pois os guardiões já sequestraram seus demônios
e sua identidade se perdeu na imensidão dos arcanos...
renascerá para não se perder de vez de si...
de seu destino...
e do amor que navega no grande mar do inconsciente coletivo de emoções para o seu subconsciente...
mais será revelado...

Cléber Otávio.

domingo, 6 de março de 2016

Caçador de Mim



Olho pelas janelas de minha alma e os espelhos foram tapados
Já esqueci meu rosto...
Diante dos Deuses tive que reinventar minha imagem para não esquecer quem sou, quem fui...

Olho pelas janelas do meu coração e seus espelhos já não refletem tua imagem,
não refletem a imagem de ninguém que não seja eu...
Já esqueci teu rosto... Já esqueci os tantos rostos que acariciei...
Diante dos deuses e de mim mesmo reinventei...
Não o amor, mas a forma de andar em suas estradas desbravar seus verdes campos...

Minha luz só serve para iluminar os meus porões...
Meus porões só servem para que se percam meus demônios internos...
No submundo que habita meu inconsciente rege em mar revolto a fria luz da grande mãe... do grande pai...
E este universo estilhaça os demônios que por lá aparecem...
Por fim sou meu maior monstro, por isso me tornei caçador de mim...

Cléber Otávio.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Olhos do mundo




Navegando no asfalto rumo ao horizonte...
perdido de somhos dantescos...
Roda da vida que gira pelas rodinhas nervosas de Skates Ávidos de desejos poéticos,
a desbravar as luzes do horizonte...
Em direção ao que há detras dos olhos do mundo...

Cléber Otávio.

Dialética do amor


Não há nada além de um deserto árido que rege um profundo vazio em você...
Não há nada além da dor da espada saindo de meu peito
Não há nada...

Os versos de solidão me acompanham e neles costuro a ilusão de te tocar...
Mas A espada que sai também ensina...
Que minha esperança é infundada
que não há nada que dignifique minha honra...

Nada...

Nada que não seja minha estima por mim...
Pois quem estimará um guerreiro se ele assim não se fizer?
Quem amará tal guerreiro se ele assim não se amar?

Mas é nas rugas cansadas do tempo que repouso minhas esperanças...
é em meus cabelos brancos que tranço as experiências ao meu sentir...
é nas marcas que que carrego no corpo...
Nas marcas que carrego na alma que lembro de cada batalha que passei...

Enfim é em frente ao espelho que vejo por trás de meus olhos a fera que me mantém vivo ainda...
Que me mantém Digno e honrado perante o que chamam por aí de vida
Perante o que chamam por aí de amor
Perante o que chamam por aí de amizade
Perante os segredos arcaicos de uma temperança que não se perdeu de mim...

Então outros dias vieram...
outros corpos quentes,
outros lábios,
Outra alma que entre buscas e dissabores me leva lugares que eu já havia esquecido que existiam em mim
Coisas que dão sentido ao que por tanto tempo procurei...
Ser simplesmente Homem
Simplesmente Mulher
Simplesmente Eu...

Cléber Otávio

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Verbo da Deusa mãe

A Poesia que traduz a vida é verbo de algo maior...
Todo artista carrega em si a vontade da grande arte,
O arquiteto do universo é o Grande artista o grande humorista...
E o universo é seu circo...

Somos poeira do universo e a diversão de gigantes...
Somos parte do todo e uma parte de nós ri copiosamente quando vivemos a sombra do medo da sociedade que construímos...
Há uma enorme transição entre o mundo que minha mente cria e o mundo real...
Em meu mundo tudo é possível... é nele que busco forças para continuar...

No mundo real... A felicidade é uma sombra...
é a sombra que se situa entre o desejo sincero que sustenta uma escolha e a vontade de algo maior...
Aceitar os desígnios dos Deuses não é estagnação...
Mas aceitar o meu caminho exatamente como ele é...
transformando assim a felicidade em Luz do espírito
e caminhar pelos bosques verdejantes daquilo que chamam por aí de...
Amor...

Cléber Otávio

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Amor ou Humor?



O que a vida lhe deu?
é que o amor é uma piada de Deus...
Ele ri copiosamente quando se fala de amor...

Talvez o único amor que se tenha pra viver é aquele que mora nele,
Aquele que ele pode viver hoje,
Aquele que é distante dos ciúmes, do seu ego, de suas dores...

O resto da paisagem é uma simples piada de Deus...
Amor ou Humor? Perguntou Lúcifer ao Palhaço
Amor ou Humor? Perguntou o Palhaço a Deus...

Pobre Palhaço...
Pobre daqueles que não tem a bênção de ter no bolso seu nariz de palhaço...
O amor parece estar no humor bem como em tudo que pulsa vida ou preenche a paisagem...
Mas é no seu Irmão o humor que ele encontra poesia para suportar os medíocres, os infames,
os burros vestidos de sábios, etc...
e é claro é no humor que o amor ganha o pulso da poesia dos amantes, das crianças, dos poetas e dos palhaços...


Ensinamentos da Temperança em toda sua grandeza...


...O humor é irmão da poesia, o humor não tem o poder de mudar, mas denuncia...
(Chico Anysio)

Então entre o aurora nascente que traz as cores do Amor...
o humor poeticamente cavalga entre sábios, palhaços ou guerreiros
Costura a luz e a sombra,
e interlaça grandiosamente a vida e a morte...

Os lobos uivaram sobre a Luz da Lua cheia mais uma vez...
As Corujas de Hades anunciam o fim...
O começo...
Contemporâneo, Caronte embala o seu barco em vestes de palhaço...

Os portais do infinito o refazem
e a Terra do Nunca o recebe de volta...
Amor ou Humor? Se perguntou ele mais uma vez...

Absoluto respondeu o anjo da Temperança...

Cléber Otávio