terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Barco dos Desejos

Vou invadir os teus sonhos e navegar nas águas turvas das emoções sentidas em tua alma...
As cortinas do passado abrirão um vasto campo florido... Inebriando-te os sentidos,
libertando o barco dos desejos que rumará para as límpidas águas da terra do nunca...
Lá as harpas tocarão suas lágrimas e por fim acordarás com a suave sensação de ter passeado no infinito...

Cléber Otávio

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Morro do Osso



Quando as emoções transbordam, a represa de sentimentos se arrebenta...
Do alto de uma montanha vê-se as belezas naturais que o grande espírito faz...
Jovens a correr e a lembrança terna de teu sorriso, de tua pele macia a roçar minha barba...
Um amor puro e infinito... Saudades...

A distância e o escárnio permeiam meu ser, a morte já passou, deixando o luto de tua presença...
Do alto daquele morro , um horizonte bonito faz-se num retrovisor,
pois os dissabores da vida não são nada quando sou preenchido por esta paisagem que simplesmente me lembra que algo muito maior que eu me guia...
Instinto! A mata, as pedras e um horizonte que um dia foi perdido, apenas me lembram quem sou eu...

Cléber Otávio

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Emoções Cristalinas


Partículas do infinito são os cristais...
Tudo nele remexe-se com a passagem de outrém
um mar revolto de emoções que em fúria se choca com as pedras fez com que
Os portais da terra do nunca se fechem...
cristalizaram seus caminhos
abrindo espaço para o animal feroz, que ora domina seus instintos, ora lhe defende de forma veemente das ameaças externas...
Emoções cristalinas que despertam na floresta suburbana...
E...
Os Trilhos de solidão costuram corações insanos de beleza inata e cristalina...
Distante...
Parado e inerte está o trem que já não desbrava mais suas montanhas que esquecem aos poucos o esfumaçar negro de sua queimada...
Trilhas que sobem e descem, caminhos funestos que adentram as matas dos amantes mal amados, dos curiosos e dos apaixonados que Dionísicamente se tocam...
Cristalino é o pulsar dos desejos que atropelam as dores da alma.
Espiar o amor com as sensações do corpo é o que lhe restou...
Trilhar o mundo sem deixar-se tocar.
Um coração que se cristalizou para proteger seu dono...
O submundo já não é mais sua morada e...
As ametistas iluminam os espelhos da alma, e sua ligação com a pátria mãe...
O absoluto, uma pangéia atemporal que outrora foi e a seguir será sua morada...
Então as dores se desfazem com a lembrança dos caminhos percorridos, do propósito que lhe guia em temperança em direção ao infinito...
Afinal...
Partículas do infinito são os cristais...

Cléber Otávio

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Apenas um obrigado...

Apenas um obrigado...
Pois não há a quem culpar as dores do mundo, quiça as minhas dores...
Os ciclos se fecham e assim a vida passa...
Sem nunca te-la visto, aquela criança sorri docemente, trazendo a inocência inata de volta ao meu ser, o que outrora se perdeu no turbilhão insano do dia a dia... E aí está minha renovação de espírito...
Alguns amigos vão, e outros vem, alguns sinais inesperados de pessoas inesperadas transpõe os esquecimento de outros...
Enfim, obrigado aos que lembraram, aos que esqueceram, aos amigos, colegas e companheiros de caminhada...
E aos que me invejam ou me desejam mal, obrigado também, por me mostrarem que sempre posso ser maior que a mediocridade humana...
Feliz Natal e um próspero ano novo a todos!
Que o espelho das almas faça verter as dádivas dos bons anjos aos que são bons. E que a Balança do grande senhor ajuste o pólos equidistantes... Amor Paz hoje e sempre...

Cleber Otávio

domingo, 4 de novembro de 2012

Pudera...



O mundo dos sonhos invade a realidade e entorpece os seus sentidos...
Pudera que os seus devaneios fossem apenas viajens psicodélicas e puberis...
Pudera...
Almas que se encontram em sonhos e de repente seus corpos se chocam na realidade...
um universo paralelo se abre... os corpos se atraem numa fusão de medo e tesão enquanto
Leões ferozes são libertados pelo inconsciente incendeiam seus corpos e aceleram seus corações.
Pudera...
Que este momento não tivesse fim, que todos os dias fossem assim...
Ele queria acordar todos os dias com o calor daquele corpo enroscado ao seu,
como se a terra vivesse sua última manhã...
Amores antigos, amores novos que vão e vem como o mar da grande senhora...
Pudera
Que ele fosse senhor do seu destino
Pudera...
Que seu despreendimento terno e insano da realidade não tornasse seus amores tão inalcansáveis e funestos...
Um triste pesar que se dilui em sonhos dantescos...
Exilado dos jardins do amor ele adormece para acordar em seu mundo...
Lá as harpas tocam as mais lindas canções, todas as formas de amar são bonitas
todos os rostos são gentis e mesmo que não procurasse, estaria condenado a felicidade...
Segredos desvelados por de trás de um arco-íris... e um infinito pulsante nos olhos de seu menino...
Seu tempo acaba e então ele é arrancado do seu paraíso particular...
Acorda para a dolorosa realidade que como as Moiras, lhe chama...
Pudera...
Que este sonho não tivesse fim, que todos os dias fossem assim...
Pudera...

Cléber Otávio

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sonhos Intermináveis

Uma escuridão imensa se impõe em seu caminho...
O desprezo pelos instintos naturais afastam o calor de sua alma...
pobre menino...
Seu afastamento deu lugar a outras forças...

Pele macia e um coração ávido por novos horizontes.
Lábios que levemente versam doces palavras com uma presença leve que inebria os sentidos e transforma um olhar de guerra num vasto campo florido...
Um abraço que afaga a alma, tocando o intocável,
traz a certeza que o amanhã será melhor e que a cada amanhecer ha uma força maior que equilibra os pólos equidistantes...

Já não existe inferno dentro de mim, e um mundo novo se abre...
A matriz sempre me chama a uma realidade muito mais ampla que posso conceber...
Volta a calma da eterna terra do nunca que em mim habita
e a temperança que renasce em meu ser age como uma espada que extermina velhos fantasmas
abrindo um novo mundo para o meu espírito passear em sonhos lindos e intermináveis...

Cléber Otávio

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Intocável

Que a vida nunca se perca na solidão nefasta do corpo...
A é Carne fraca, mas carrega o sopro invisível do universo... A alma.
Transformando as dores em poesia, cada momento vivido se faz funesto quando o momento seguinte começa...
E...
Que os dissabores jamais o façam perder a poesia que nele habita. Que é muito mais do que palavras, pois traduz não um mero sentir, mas um momento que intocável se fez ao ser escrito...

Cléber Otavio

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Saudade Bonita

Simplesmente pego a caneta e deixo minha alma transcrever o que sinto...
Emoções...
Sentimentos á flor da pele e os resquícios de tua presença em meu ser.
As dúvidas ansiam por novas direções, o corpo treme por uma insana abstinência...
Tua falta...
Mas...

Uma brisa suave acaricia meu rosto, as folhas secas caem enquanto os pássaros cantam alegremente...
Os altos prédios e o movimento dos automóveis somem por alguns instantes
e aquele banco situado num pequeno cantinho verde torna-se o centro do meu mundo...
Nele, as máscaras caem num imenso rio de lágrimas...

Minha consciência se expande e não me permito mais ser escravo...
Emoções...
Quero apenas partir novamente em busca de mim, quero a acides da distância e ter em meu peito apenas uma saudade bonita...

Cléber Otávio.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Longe...

Longe...
minha alma perde-se da poesia, meus pensamentos voam com os passáros na busca de calor novamente...
Sua presença me faz perder os sentidos, me faz flutuar sobre o nada. Te vejo preso em uma teia de pensamentos e valores que não são teus, te sinto a sofrer por contrariar-se todos os dias e nem se dar conta que queres ser o que não és... queres viver uma vida que não é tua... Queres viver uma verdade que não existe em lugar nenhum, se não dentro de ti.
Ainda sinto tua presença em mim, e isso me faz ter a certeza que o que é verdadeiro não se desfaz. Me faz ter a certeza que o tempo é senhor da vida, dos sentimentos, das almas, é o mensageiro lento do universo que sempre tem o passo certo, é o que inexorávelmente passa e mesmo que eu queira muda-lo, nunca consigo...
Meu espírito transborda e verte sangue pelo olhos de meu corpo que queima de imenso desejo.
"Abre um mundo quando falas, nos teus olhos vive um Deus
se caminhas incendeia o mar ... incendeia o mar ..."
Longe...
não vislumbro mais o futuro, pois os dias me surpreendem cada vez mais.
Longe...
Longe de ti vou vivendo como um peregrino morimbundo que busca os segredos de um amanhecer distante.
Longe...
O menino que mora em mim se despede da terra do nunca, numa dor indescritível. Com a sua partida, fica sua essência, e então ele não resiste e morre nos teus braços...
Mas foi resgatodo pelo senhor das almas, já não podendo mais governar essa mente, tão pouco este coração, mas ser um lindo pagem que indica bons caminhos.
Sempre inocentemente, sempre instintivo e puro como os loucos...
É quem me entende e me afaga o coração quando estás...
Longe...
E assim sigo solitário, na paz quase insana de um guerreiro iniciado, sonhando, e vivendo a cada dia na esperança que deixes de estar tão... longe...

Cléber Otávio

sábado, 4 de agosto de 2012

Trevas da incerteza

Rodando caminhos de dor nas faixas contínuas de uma solidão nefasta...
ele foge das falsas imagens grotescas de um coração partido se perdendo na poesia triste dos desencantos doentios que assolam sua alma...
Lá no fundo uma luz encandeia sua aura confusa...
O vazio toma conta do seu ser, que tateia quase inerte na intensa escuridão do medo...
Corpos quentes não preenchem o vazio, nem sua carência...
Então Pan e Afordite Lhe guiam sobre as trevas da incerteza e a luz dos Deuses indicam a saída do seu inferno particular...

Cléber Otávio

sábado, 28 de julho de 2012

Vislumbro

Vislumbro sua partida
e neste dia, todos os anjos se calarão...
Florestas encantadas de dores formarão um grande tapete de folhas secas
e num lindo outono dourado os pássaros cantarão tristes com saudades da primavera...
Os amores reais, não aprisionam, mas libertam!
Ao compreender isso as asas dessa liberdade inconstante
me farão voar junto das aves em busca do calor que me roubaste.
Vislumbro sua partida e não consigo encontrar nada que possa mensurar tal dor...
Contigo levas um pedaço de mim e como cristal meu coração se estilhaça sem que eu nada possa fazer...
Mas já me perdoei dos erros que não poderei reparar, já te perdoei.
Já perdoei a vida por te levar de mim...
É inverno e os antepassados dançam com os humanos em volta da fogueira e os deuses apenas observam a fragilidade do que pensamos que é ter fé.
Então apenas sigo seguro com a solidão feliz de saber que vivi o que havia de melhor em mim, sigo com a tranquilidade de que minhas lágrimas de saudade não trarão nada do passado de volta...
Já não vislumbro o mundo pelos teus olhos,
e com a suavidade dos ventos que tocam minha face quando vôo na busca de calor,
do alto das nuvens que me acariciam, apenas vislumbro sua partida...
apenas vislumbro...

Cléber Otávio

terça-feira, 17 de julho de 2012

Escultura de Palavras




Pintura de Brenda Burke


Na terra das palavras abandonadas
Dos sonhos invisíveis
E da terra suja e molhada
Ouço um grito longínquo
Que me diz ser uma parte de mim!

Respondo com a minha ingenuidade
Mostro-lhe as minhas pétalas
E ergo-me sua escrava
Orgulhosa da minha condição!

Tento tocar-lhe
Mas ele diminui o seu volume
Foge pelo imaginário
E distancia-se da minha realidade!

Choro
Dou o meu próprio grito
Ouço-me novamente
E percebo que eu própria sou vários
Que nunca me deixarão sozinha!

Poema de Teresa Poças

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Laranja Móvel

Num cantinho do mundo situado entre as nuvens e o verde gramado a beira rio eles se perdiam em devaneios licérgicos e eletrônicos...
Pensamentos se encontram e voam com o vento em direção a um mundo paralelo no qual só eles entendem.
A solidão tentou assolar sua alma novamente, mas com o reencontro a lucidez de uma eterna temperança tomou conta da laranja móvel que ao seguir os encantos da Lua cheia pousou em Alvorada...

Cléber Otávio
Jonas Malasiuk e
Junio Monteiro