Luz vermelha ao fundo...
A escuridão me engole como os poros do teu corpo
Ninguém, nenhuma voz ecoa do absurdo quando os sussurros de prazer falam pela alma...
Navego acelerado pelas curvas de um corpo sedento
Vejo a luz da mãe Lua pela janela a brilhar nua no breu espesso da noite
E lembro dos muitos amores que acordaram em meus lençóis,
Das muitas dores e sabores que vivi para encontrar sentido e felicidade em ser eu mesmo
Em existir apenas...
Quanto tempo leva pra nascer o amor?
Quanto tempo leva pra reconhece-lo?
Quanto tempo leva para perder-se de si pelo medo desesperador de perde-lo?
Alço vôos longínquos até a montanha e lá ao me deparar com o espelho das almas...
Vejo que o sentido está apenas em viver o agora
Então as perguntas advindas da ansiedade se perdem nos mares profundos da lucidez...
Ao voar de volta pra mim, os ventos do mar acariciam minha face que em forma de águia
Pouso em meu corpo tendo o seu como cobertas vivas...
e então acordo ávido e feliz para viver mais um dia...
Apenas mais um dia...
Cleber Otávio
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