sexta-feira, 16 de junho de 2017

Mar de Desejos

Caminho num grande muro...
Situado entre a realidade que me ofereces
E o mar de desejos que nossos inconscientes despejam...

Poderia ser um gramado castanho...
Mas é o cheiro do castanho dos seus cabelos
Que me inebria...

Poderiam ser as montanhas que se perdem no longínquo Horizonte mas...
É nos vales ingênuos e íngremes do teu corpo que meus sonhos se perdem...

Poderia ser qualquer textura
Poderia ser qualquer língua
Poderia ser qualquer corpo...
Poderia ser qualquer um...
Mas é você...

Eu poderia amar qualquer um
Alguém que não fizesse em pedaços meu peito
Alguém que não tivesse vergonha de si
Alguém que se jogasse nos vales da paixão sem medo...
Mas minha alma desgraçadamente sempre esbarra na tua...

Como se os caminhos que percorro sempre levassem a ti...
Como se fosse uma maldição a me provar...
Como se fosse uma ferida que se abre sempre que me tocas...

Mais uma vez meu ferimento é tão grande...
Que não posso mais ser tocado...
Então me escondo do sentir...
E na pouca razão que me sobra
Me curo...
Até te encontrar...
Para Mais uma vez me despedaçar ao te amar...

Cleber Otavio.

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