quinta-feira, 6 de abril de 2017

Poesia Perdida


Ouço o galope do seu cavalo...
Ora ao longe
Ora em minha volta...
as avenidas e ruelas dentro e fora de mim
sempre me levam a felicidade...

As minhas dores se esvaíram como as brumas expostas ao calor do Sol...
Minhas fantasias se perderam nos portões do submundo...
E a lucidez arde minha alma
e invoca para a escuridão da origem
a criança interior que em mim habita..

A Terra do nunca é o Refúgio que vivo quando a paisagem perde as cores...
quando minha alma se distancia da força
e por instantes não reconhece a beleza e a poesia do arco íris que existe no longuínquo horizonte

Apenas mais um dia...
apenas mais um corpo vazio que se perde...
Meu quarto está cheio apenas de mim...
e isto me basta...

Pois quando me permito ser o verbo de minha origem
me encontro comigo e toda a poesia perdida volta a me compor...
Como uma armadura...
e com estas vestes, simplesmente existo,
Simplesmente vivo um dia de cada vez...

Cléber Otávio

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