sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Lilith



Não se sabe o que pode trazer o amanhã
apenas espera que toda fé não se torne vã...
Ouço o galope inconstante de pégasus
a embalar a estrada até o encontro dos caminhos...

Os guardiões anunciam a abertura dos portais
e os olhares estremessem ao vislumbrar o horizonte...
Uma dantesca era que se esvai em sua vida
e outra que começa...

Sacramentada pelo fogo o passado se ajusta
e os polos se equilibram...
Lilith leva sua garota embora
deixa pra trás quem lhe tentou diminuir
bem como sua vida e os filhos até ali gerados...

Atravessa por vales desconhecidos,
até então proibidos em sua vã existência...
Encontra a liberdade de ser
ao confrontar-se com sua essência
que experimenta ao entregar-se sem medo
as águas escuras...

Fez da sombras sua morada...
Fez da Lua sua mãe,
mãe que desvelou seus segredos
e fez dos seu drama apenas brinquedo...

A vida humana
um Brinquedo para os deuses...
Por fim o que antes era desespero
hoje é saber...
O que era medo, hoje é desejo
O que era fé, hoje é certeza
e o que era vida hoje é horizonte...

Cléber Otávio

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