quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Deus pai

"...Naquele dia ao dar conta de mim eu estava envolvido pelo submundo...
às margens do mundo
às margens de mim

Caronte se afastava e vi que não estava as margens, mas na base do mundo...
Me deparei com meu pai...
Logo reconheci o obscuro e onipotente Monarca,
Senhor do Tártaro, Deus dos Mortos

Então Ajoelhei-me e rendi minha cabeça ao chão,
e então senti suas mãos a aparar minha cabeça e seus braços a envolver-me...
A energia era suave e bela como o perfume das flores ao campo no ápice da primavera

Minha energia e a sua fizeram-se apenas uma
e em seu colo supliquei...
Por mim,
Pelos meus...

Vi seu sorriso se distanciar
mas sua imensa benevolência e força Guerreira
Fizeram de mim seu habitat...

Por fim, minha alma se desfez daquele lugar
para refazer-se nos seios Da Mae Lua, A grande Mãe...
Após sua bênção
Emergi do âmago de sua irmã...
Gaia...
das entranhas da terra me libertei
e como um anjo vi minhas asas batendo
Meu corpo cortava os céus e os ventos acariciavam meu rosto negro...

Vi os meus medos e as mazelas empesteadas que enviaram meus inimigos se incendiarem perante os Deuses...

Por Marte Fui criado, o pulsar de sua força me guia e sua ira me veste
e é no fio de sua espada que as maldições de outrora hão de se perder...

Sigo então com a Força De Hades, vestido com as armas de Ares...
cavalgando pelos bosques da vida meus medos fogem da estrada
pois todo mal há de se desfazer no galope do cavalo que a mim carrega...

A armadura que visto não é minha, ou tão pouco o cavalo e as armas que carrego
Mas a fé, a coragem e a honra moram em mim neste ou em qualquer mundo!
Com os olhos dos Deuses eu vejo a estrada da vida, num horizonte que se perde dos meus olhos humanos...
Paz na terra..."

Cléber Otávio

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Romper da Aurora


Cavalgo com as Moiras ao meu encalço
Por entre as Brumas espessas...
O romper da aurora da a largada da carruagem de fogo...

Os indomáveis cavalos de
Apolo expulsam as estrelas...
A Mãe Lua olha a distância a Luz do Pai Sol tomar conta do Céu...

As Gaivotas fazem das ondas verdes do mar seu espelho, seu lamento ao me ver cavalgar pelas estradas de doce e funesta solidão da alma...

A magia expulsou as Moiras...
Sob a Luz da Deusa mãe os guardiões me carregaram...
A sombra do criador que um dia me assombrou, agora me fez vencedor de mim...

Cléber Otávio

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Cultivar - se

A destruição que se faz com a mediocridade humana que cada um carrega é fácil de se viver...
É fácil destruir as relações
É fácil destruir objetos
É fácil destruir a si e tudo que há em volta...

O que não é fácil é cultivar - se...
O que não é fácil é pensar no outro como extensão de si... como espelho de si...

O que não é fácil é viver e deixar
viver...
O julgamento dos homens não me preocupa...
Pois sei quem eu sou diante de Deus...
E bem sei que a espada e o punhal que levantam... que trazem vida...
São os mesmos que derrubam quando desonrados...

Cléber Otávio.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Desonra

A Deusa Mãe me mostrou sua Morte...
O Barco de Caronte navegava pelo rio Estige
e você burramente tinha a ilusão de controle...
Mas sua alma Expiava já há algum tempo sua carcaça a ser marionete de sua doença
e da dor do submundo da 2º dimensão...
Adeus! Que na próxima encarnação tenhas mais sorte...
Desonra é o seu nome diante dos Deuses...

Cléber Otávio.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sonho Distante


" A vida é um sonho distante da alma...
temos apenas lampejos do mundo real quando adormecemos neste mundo, o dos homens...
O mais próximo da perfeição é quem comunga com a própria natureza e com sua origem espiritual, respeitando assim o ciclo natural dos rios da vida..."

Cléber Otávio

sábado, 16 de julho de 2016

Limbo


O branco dos meus cabelos se coloriu no arco iris... da aurora do teu sorriso... outrora...

Hoje meu esperma tem apenas os lençóis funestos que choram a falta do seu calor...

A saudade se tornou meu limbo...
Pela manhã tenho o travesseiro para abraçar...

Tenho teu cheiro ainda no colchão...
Tenho a lembrança de estarmos enroscados no calor tórrido de nossos desejos...
Paixão...
Por fim já é tarde... pra não lembrar de ti vou dormir
no chão...

Cléber Otávio

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Infinito nos teus olhos


Quando me componho em seus horizontes posso vislumbrar a eternidade da alma do mundo...

Liberto o animal que me guia e todas as estrelas do céu de minha boca se fazem incontáveis...
Se sei o seu nome completo? Não!!!
Mas meu amor já desbravou toda sua alma...

Pois ao plasmar ternura... nossos corpos se tocaram
Em algum lugar do tempo vejo nos teus olhos uma estranha intimidade
que me faz ter a certeza que mesmo longe, nunca tive tão perto de alguém...

O Reencontro de dois guerreiros...
É o que Deus quis que acontecece...
Um lobo solitário de coração duro e quase impenetrável e outro...
Um Ávido menino cheio de medo e de paixões no olhar...

Rogo ao céus que passe por aquela porta para que eu possa abraça -lo e dizer lhe que não estás mais só...

Que no fio da Espada do grande guerreiro e no punhal da senhora das sombras encontrarás o espelho das almas e lá serás tomado de imensa lucidez...

Adeus! Foice da morte...
Adeus... menino...
Adeus Caronte...
Voltaremos quando o grande espírito nos chamar...

Cléber Otávio