quinta-feira, 11 de julho de 2013

Amantes



Dia amanhecendo e o calor das cobertas vivas em meu ouvido...
Corpos que se esquentam em beijos quentes
até o cansaço vencer o cio e ao acordar...
Puts, minha poesia fugiu...

Cléber Otávio

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Resquícios de Tua Alma

Quando o grande olho se abrir e os portais sagrados anunciarem o horizonte sem fim, o universo vai ecoar as canções de uma redenção que outrora foi perdida entre buscas e dissabores...
Vejo tua imagem numa linda paisagem de esperança... Me perco na imensidão azul, mas sou acariciado pelos ventos que me beijam o rosto e trazem consigo um pouco de ti...
Carrego os resquícios de tua alma no fundo de mim...
O tempo fez mudar a paisagem e como um pássaro jovem abandonas o ninho para alçar seu voo de liberdade...
O Vazio e a saudade me assaltam, mas a voz da sabedoria nos diz que amor também é liberdade...
Então alçamos juntos novos rumos, num vôo inconstante, mas necessário...
O tempo fez mudar a paisagem e do alto daquela montanha me desfaço, definho-me...
Ao refazer-me, os muitos ninhos ficam para trás, bem como a problemática e o sentir que deles faziam parte....
E ao libertar, sou libertado para seguir leve mais uma vez, como uma jovem águia que entre buscas e dissabores mais uma vez desbrava o infinito azul...

Enfim Te amo mais do que ontem e menos que amanhã... a cada dia te amo mais...

Cléber Otávio.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Wave (Beats e Batidas)

Pássaros negros sobrevoam as sombras num festival de ritmos e cores...
Um portal funesto a beira do infinito que forma uma comunidade pagã que segue sem medo num vale encantado de sonhos e magia...
Dissipar as sombras, ou entregar-se a elas...
Entre beats e batidas eletrônicas os quatro elementos propagam os sons do céu e do inferno, que se fundem numa mistura de medo e fé no qual os sonhos sempre acontecem e as músicas são intermináveis...

Cléber Otávio

terça-feira, 30 de abril de 2013

Tempo...

O tempo é a única coisa que não envelhece...
O tempo, voa como os pássaros, é feroz como o mar e lento como as lesmas...
Passa sempre inexorável a tudo e a todos
Traz consigo a tranquilidade que só a experiência pode conceder
Alimenta a esperança e ensina que mais do que Elis Regina, transversal ao tempo mesmo é o amor que nunca se cansa de existir...
O Tempo é lento quando não se observa e rápido quando muito se deseja...
O tempo faz os fracos serem fortes e os fortes, cansarem de ser fortes
O tempo é senhor de si e relativo como o mundo em que vivemos...
O tempo é a força que revela em seu domínio as verdades mais ocultas
Tempo...
Filho do arquiteto do universo
Gigante como a roda da vida...
O tempo não para...

Cléber Otávio

Campo de Guerra

Luzes que acendem
Luzes que se apagam

Lágrimas que vertem de um rosto tímido anunciam as batalhas sangrentas travadas em nosso interior...
Um grande campo de guerra no qual crianças são as vítimas

Armas funestas e atitudes medíocres que assolam as almas e o inconsciente coletivo
Amores e abraços fraternos que se perderam na imensidão do mundo...

Por fim...

Perder uma batalha para ganhar a liberdade do espírito, da criação...
... e o luto que tem seu fim marcado pela lucidez e a felicidade de simplesmente estar vivo...

Cléber Otávio...

sexta-feira, 29 de março de 2013

Domínios do Coração



É noite, a chuva cai sobre os telhados molhados e tua imagem me assalta os pensamentos,
invade-me a alma como rio que arrebenta uma represa...
Meus desejos secretos já não mais se represam, caminho sozinho por vales noturnos com a lembrança torpe do teu rosto corado...
Minhas mãos passeiam em outros corpos a procura de tuas curvas... Abraços fraternos que trazem tua doce presença...
Não há temperança nos porões sombrios da solidão.
Perambulações moribundas no fundo de mim, procurando esquecer o inesquecível arranco as marcas que deixaste com o fogo dos deuses...
Renovar não o caminho, mas as escolhas feitas ao caminhar...
As armas que marte me emprestou, vencem as guerras, mas são nulas nos domínios do coração...
Um coração que por instantes tem suas travas perdidas novamente no fundo de mim... Até que...
O ser mais inesperado levanta-se sorrindo... Com as chaves.

Cléber Otávio

sábado, 2 de março de 2013

Fundo de Mim

As chagas do passado me entorpecem a alma...
Teus lábios pequenos inebriam-me os sentidos
tua falta faz me buscar o teu sorriso na Lua cheia, que acende tua presença em mim...
Seus olhos traduzem sua alma torpe, que num fundo azul traz a mensagem de que mais será revelado...
"Porque me incendiaste de desejo? Porque desceste ao meu porão sombrio? Porque não me deixaste adormecida?"
Os portais do infinito se abriram novamente...
Meus medos me cegam para a realidade velada pelo universo
As chaves do meu coração estavam perdidas no fundo de mim...
mas...
Quando as nossas mãos passeiam em nossos corpos, uma egrégora se forma sobre nós, uma energia apenas...
que um dia foi de ilusão, mágoas e fugas e hoje faz-se num longínquo horizonte colorido pelo por do Sol.
Duas forças que se unem em direção ao absoluto cor de rosa, que nos envolve ludicamente em ternos e intermináveis sonhos...

Cléber Otávio