sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Solidão Íntima

A solidão...
Por vezes tão doce
Por vezes arde como a velhice que aos poucos alcança meu corpo...

A solidão íntima é como um prêmio de consolação para quem muito amou...
ou ama...

Nem todos dias dói. Por vezes a solidão é poder escutar a voz do meu mestre interior, é poder contemplar uma jovem gaivota a pairar pelo ar, dividindo comigo sua leveza pelo simples fato de voar...

A solidão por vezes me permite ver e viver as paisagens mais lindas dentro e fora de mim...
Nem sempre bonita... nem sempre nefasta a solidão íntima é o preço do sacerdócio...
É o sacrifício de um sonho recheado dedesejos por um bem maior...

A solidão é o que vivo hoje como realidade íntima e afetiva...
É o que faço é o que sou...
Apenas lembranças boas de um corpo e de companhias que já se foram...
Apenas dores...
Apenas sonhos inalcançáveis e seniltimentos funestos...
A solidão íntima...
É como viver sem esperança é como ter uma doença e não poder cura-la...
É como ter um corpo e jamais poder
Gozar com ele...
a solidão é um fardo...
É uma benção...
É um desastre ou ainda assim
O início de um novo caminho
Mais próspero afetivamente...

Cleber Otavio

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