sexta-feira, 3 de julho de 2015

Alimento


Um turbilhão gelatinoso de lembranças e emoções alimentam meu subconsciente...
Alimento... a alma com a música que convida a ternura lúcida da temperança a habitar meu ser.

Alimento... Minha mente nos desafios das ilusões que minha doença cria...
Alimento meu corpo com alimento...
Alimento os meus desejos a correr nu pelas terras do nunca,
a percorrer meus lábios em corpos sedentos de vida...

Busco teu gosto em outras bocas, mas encontro apenas saudades...

A luz da mãe Lua prateou minha aura,
libertou-me da culpa de ser eu, de desejar o que desejo,
e por fim acendeu a luz da temperança em mim...
Fechei os portões do porão sombrio de minha alma.

Não brigo mais com a minha fera interior, Mas deixo ela me dizer aonde não devo ir

Alimento a fera, alimento a alma, o corpo...
E me alimento da fé que só por hoje me faz ficar vivo
e ser quem eu preciso e quero ser hoje...

Cléber Otávio.

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