segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Câncer...

Talvez...
Talvez alguns anjos tenham caído
Talvez a verdade se dissolva com o despontar da ignorância...
Talvez os cães do submundo não o assombrem
Mas o protejam do que não podes ver ou tocar...

Talvez sua criança já tenha partido com a senhora dos mortos
E a Luz fria da mãe Lua seja sua única esperança...
Talvez...

Mas um dia logo ali na frente...
Um dia seu pai acreditará em você
Mesmo que não precise disso...
Um dia as línguas que lhe mal disseram
Apodrecerão com câncer...
Um dia...
Um dia o anjo que caiu se levantará em seu nome por sua lealdade
E ao defende-lo na luz verás que o anjo nunca caiu...
Então talvez um dia toda verdade que vem à tona se faça justiça
E tudo ganhe sentido pra todos quando nada mais terá sentido para o câncer que reside em você agora...
A morte lhe assombrará, definharas lentamente em um pesadelo sem fim...
E quando não houver mais carne para definhar...
A escravidão a todo mal que invocaste é o que vai lhe restar...

O mesmo brilho frio que lhe assombrará é o que me da forças...
A mesma maldição que me lançaste irá te alcançar...
A mesma dor que me causaste será o começo de sua despedida deste mundo...
A mesma sacerdotisa que foi a voz de seu ódio estará ao teu lado
No fundo do poço do submundo a esperar pelo julgamento quando a vergonha dos nossos ancestrais as abandonarem no limbo profundo e escuro do inconsciente do mundo...
Por fim quando tudo forem apenas longínquas lembranças torpes...
Sua existência terá sido apenas um mau sonho o qual desejarão jamais ter entrado...
Que a paz seja um sonho distante...
Que a luz que as criou, as destrua...
Que a morte as alcance e as faça definhar, mas bem lentamente...

Que o amor do ser supremo se desdobre em justiça neste dia de hoje
E que isso me traga paz, que seja o fio da espada do grande guerreiro
E que esta espada vista de glorias meu caminho e a vida dos que me seguem...
E que assim seja
Que assim seja
Que assim seja
E que assim se faça...
Jera, Raido, Tyr, Yeoh...
Ovjibaio Psicopompe Ilu

Cleber Otavio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Amor é Liberdade


Caminho sobre um chão de estrelas
Não por estar no paraíso
Mas porque o céu despencou sobre as nossas cabeças

Ou porque a gravidade misturou as dimensões
e a profundidade do mar está sobre nossas cabeças
e a luzes que antes eram distantes, iluminam nossos rostos...

Os Navios sobrevoam o céu e os Aviões navegam o céu da terra...
Pensei que talvez O ser supremo tenha se distraído por instantes
ou a mãe Terra tenha se revirado em sua dor...

Mas não...
Sou Eu que estou despendurado a muito tempo...
Como Odin ficou para desbravar os segredos das Runas

Uma velha sábia me acompanha
e com ela sigo... venço as montanhas que que onipotentes se erguem a minha frente
Por vezes adoro o cajado por me dar suporte
noutras o adoro por como símbolo fálico que fertiliza e penetra a intimidade da Terra...

Fecho os meus olhos e vejo ele...
Adoro sua nudez quase pueril
quase fantasmagóriga de tão alva...

Admiro sua beleza e sofro suas dores mesmo sem querer
Por vezes teu homem, por vezes teu pai...
Agora que curei suas feridas
vislumbro sua imagem a se distanciar de mim...

Para mim amor é liberdade então...
mesmo que o mundo pareça estar de cabeça pra baixo
Vejo sua partida, vejo sua felicidade ao lado de outra pessoa
Vejo o despontar da Criança que espera ansiosa para nascer...

Por fim a Vida é hoje, não amanhã...
pois neste corpo, só se vive uma vez...
Adeus...

Cléber Otávio

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Campos da Solidão


Os pardais sobrevoam pelo vale da morte
porque os Lobos Caçam a cólera dos Deuses
inflamada pelos torpes erros dos antepassados...

Os Urubus navegam pelos vales
se alimentando dos restos mortais
das sacerdotisas negras de outrora...

Cavaleiros negros arrastam os corpos
de suas vitimas pelos campos do limbo...
e o Senhor da morte impõe sua espada
aos traidores...

A Magia arde a morte nos campos da solidão
e os pares de olhos castanhos se esvaíram
na ira das Fúrias, pois até o Soberano dos Deuses
se satisfez, com o Julgamento da Mãe Lua...

Alma Atlanti

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Elfos


Despontai das luzes que emanam do interior da Floresta...
Senhor dos Elfos...
Os mortos romperam os portais de Lotlórien
Mas se perderam entre arcos e flechas sagrados...
Eu vos espero no círculo dos iniciados, após transcender as chamas que clamo por perdão...
Lá o tempo inexiste porque...
Os olhos da Deusa vão além do tempo e do inimaginável infinito...

Cléber Otávio.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Corpo

Se os corações pudessem falar
O que o seu diria ao meu?
Se em minhas mãos falassem
O que ela ter diria depois de tudo?
Não; não vou continuar com isso...
Pois se meus pés pudessem falar
Das estradas que percorri ao teu lado
E aonde fui parar...
Outras partes do corpo se calariam de vergonha...

Cléber Otávio.

A Abelha e o Girassol


A Abelha e o Girassol
Se eu fosse abelha é claro que eu pousaria em ti... Belo Girassol...
Hoje sou Girassol responde a flor, mas já fui uma estrela...
Surpresa a abelha curiosa exclamou: e como viraste Flor?
Há algum tempo atrás, eu era uma estrela, seguia a Mãe Lua, senhora de todas as estrelas, pela noite, mas sempre me atrasava pela manhã para ir embora, pois não conseguia parar de olhar a beleza e o brilho do Sol...
Mas a noite era a primeira estrela a despontar no céu, só para ficar admirando sua beleza...
E a Lua sempre me chamava a atenção, dizia que era um amor impossível, pois sempre que ele vinha eu tinha que sair e vice versa...
Mas não adiantava eu não conseguia parar de pensar no seu brilho...
Então um dia fui falar com o senhor dos ventos e ao chegar lá, ele já sabia o que eu queria, e antes de eu perguntar ele disse: é impossível estrelinha, a não ser que você deixe de ser estrela. Eu sem pensar eu disse que seja então...
Imediatamente um grande vento tomou conta do meu corpo celeste e eu cai muito rápido na terra...
Abrindo um buraco na terra e no fundo uma semente... que o senhor dos ventos mandou muita chuva e força então cresci linda e amarela, adormeço a noite mas pela manhã posso admirar o Sol desde o seu surgimento na Alvorada até sua Aurora Poente... e ele a mim...
A Abelha com os olhos transbordando lhe disse: que bom que agora és flor é de sua poetica beleza que nós abelhas produzimos mel... Então além do Sol e de suas irmãs flores tens agora nós...
Abelhas para lhe amar e cuidar...
Sem perder o Pai Sol de vista, o Girassol Adormece... pois o Sol...
Se foi...
Cleber Otávio.
( história inspirada/baseada na lenda do Girassol, do libro das Virtudes)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Pangéia Funesta

O universo me pede silêncio
mas o único silêncio que cala minha alma
só acontece quando ouço tua voz...

O mundo que criamos, nossas plantas, avenidas
nossos corpos e a dimensão que construímos ficou abandonada
árida, seca...
Mas encontrou poesia nas profundezas da floresta...
renasceu das cinzas...

E tudo começou a ganhar cor de novo,
novas formas e o infinito acendeu nos teus olhos...
novamente...

Por vezes me escondo sozinho neste mundo, pois nem sempre estás lá...
por vezes cavalgo naquelas estradas, de olhos fechados, entregue.
Em caminhos que por vezes parecem não ter fim...

Acabo em explodir em êxtase sozinho mais uma vez,
em um mundo que não tenho como desconstruir sozinho...
Na esperança insana e inalcansável de viver neste mundo
Com alguém que seja real...

No fim O sentimento real, os desejos reais as palavras reais,
se perdem na trama social que vivemos
Uma Pangéia funesta que leva tudo e todos a morte espiritual...
Então entendo o Silêncio que o Universo me pede...

Cléber Otávio