sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dialética do amor


Não há nada além de um deserto árido que rege um profundo vazio em você...
Não há nada além da dor da espada saindo de meu peito
Não há nada...

Os versos de solidão me acompanham e neles costuro a ilusão de te tocar...
Mas A espada que sai também ensina...
Que minha esperança é infundada
que não há nada que dignifique minha honra...

Nada...

Nada que não seja minha estima por mim...
Pois quem estimará um guerreiro se ele assim não se fizer?
Quem amará tal guerreiro se ele assim não se amar?

Mas é nas rugas cansadas do tempo que repouso minhas esperanças...
é em meus cabelos brancos que tranço as experiências ao meu sentir...
é nas marcas que que carrego no corpo...
Nas marcas que carrego na alma que lembro de cada batalha que passei...

Enfim é em frente ao espelho que vejo por trás de meus olhos a fera que me mantém vivo ainda...
Que me mantém Digno e honrado perante o que chamam por aí de vida
Perante o que chamam por aí de amor
Perante o que chamam por aí de amizade
Perante os segredos arcaicos de uma temperança que não se perdeu de mim...

Então outros dias vieram...
outros corpos quentes,
outros lábios,
Outra alma que entre buscas e dissabores me leva lugares que eu já havia esquecido que existiam em mim
Coisas que dão sentido ao que por tanto tempo procurei...
Ser simplesmente Homem
Simplesmente Mulher
Simplesmente Eu...

Cléber Otávio

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Verbo da Deusa mãe

A Poesia que traduz a vida é verbo de algo maior...
Todo artista carrega em si a vontade da grande arte,
O arquiteto do universo é o Grande artista o grande humorista...
E o universo é seu circo...

Somos poeira do universo e a diversão de gigantes...
Somos parte do todo e uma parte de nós ri copiosamente quando vivemos a sombra do medo da sociedade que construímos...
Há uma enorme transição entre o mundo que minha mente cria e o mundo real...
Em meu mundo tudo é possível... é nele que busco forças para continuar...

No mundo real... A felicidade é uma sombra...
é a sombra que se situa entre o desejo sincero que sustenta uma escolha e a vontade de algo maior...
Aceitar os desígnios dos Deuses não é estagnação...
Mas aceitar o meu caminho exatamente como ele é...
transformando assim a felicidade em Luz do espírito
e caminhar pelos bosques verdejantes daquilo que chamam por aí de...
Amor...

Cléber Otávio

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Amor ou Humor?



O que a vida lhe deu?
é que o amor é uma piada de Deus...
Ele ri copiosamente quando se fala de amor...

Talvez o único amor que se tenha pra viver é aquele que mora nele,
Aquele que ele pode viver hoje,
Aquele que é distante dos ciúmes, do seu ego, de suas dores...

O resto da paisagem é uma simples piada de Deus...
Amor ou Humor? Perguntou Lúcifer ao Palhaço
Amor ou Humor? Perguntou o Palhaço a Deus...

Pobre Palhaço...
Pobre daqueles que não tem a bênção de ter no bolso seu nariz de palhaço...
O amor parece estar no humor bem como em tudo que pulsa vida ou preenche a paisagem...
Mas é no seu Irmão o humor que ele encontra poesia para suportar os medíocres, os infames,
os burros vestidos de sábios, etc...
e é claro é no humor que o amor ganha o pulso da poesia dos amantes, das crianças, dos poetas e dos palhaços...


Ensinamentos da Temperança em toda sua grandeza...


...O humor é irmão da poesia, o humor não tem o poder de mudar, mas denuncia...
(Chico Anysio)

Então entre o aurora nascente que traz as cores do Amor...
o humor poeticamente cavalga entre sábios, palhaços ou guerreiros
Costura a luz e a sombra,
e interlaça grandiosamente a vida e a morte...

Os lobos uivaram sobre a Luz da Lua cheia mais uma vez...
As Corujas de Hades anunciam o fim...
O começo...
Contemporâneo, Caronte embala o seu barco em vestes de palhaço...

Os portais do infinito o refazem
e a Terra do Nunca o recebe de volta...
Amor ou Humor? Se perguntou ele mais uma vez...

Absoluto respondeu o anjo da Temperança...

Cléber Otávio

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A Vida


A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração,
Me ensinou a sorrir às pessoas que não gostam de mim, para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam,
A calar-me para ouvir, aprender com meus erros, afinal, eu posso ser sempre melhor!
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade...
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar, a abrir minhas janelas para as oportunidades.
Me ensinou a não temer o futuro...
A lutar contra as injustiças...
A sorrir quando o que mais desejo é gritar para o mundo todas as minhas dores...
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar.
Me fazer reconstruir de novo para que cada vez mais minha fortaleza seja mais indestrutível...
Afinal um bom guerreiro sempre vence as demandas da Guerra da vida...

Frantesco Silva

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Criança Palhaço



Vontade de mudar...
Saudade de quem eu não conheço,
Saudade do que nunca tive,
dos sonhos encantados que encontraram
o vazio do medo e solidão ...
Ao transpor os sonhos da mente e do coração para este mundo
Algo sempre se perdia...

Tem coisas da terra do nunca
Que só aguns corações podem alcançar...
Apenas alguns olhos podem ver
Apenas alguns ...
Os que se permitem sentir realmente...

Querer tocar o intangível
É se permitir repousar as armas de guerra
É pensar com o coração
É se deixar guiar pelos olhos da alma...
Enquanto não houver essa disposição
O amor, o sexo real, ou mesmo a lealdade
Serão apenas a morte em forma de criança
Vestida de palhaça, zombando, porém
chorando por ter que levar mais um...

Amor? Sem honra?
Sim...
Quanto mais se tenta pega –lo
Mais pra longe ele vai...

Cléber Otávio.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Teatro



"... teatro é o reflexo invertido de uma realidade velada,
portanto atuemos sempre...
pois entre máscaras e dissabores,
talvez tenha um espaço para você ser você mesmo..."

Cléber Otávio.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Ainda Sinto


Mesmo em meio a Guerra não posso deixar de pensar no amor...
Nas noites frias, nas noites quentes que dormi sem o teu calor
não posso deixar de pensar na saudade transoceânica
que me assaltava nos bosques sombrios de dor e solidão...

Ainda sinto o gosto dos teus lábios...
Ainda sinto tuas mãos a passear no meu corpo...
Ainda sinto o teu coração junto ao meu
... a bater acelerado como se o ar fosse faltar...
como se o mundo fosse acabar
e não tivéssemos tempo de gozar mais um dia...

Ainda sinto o pesar de tua vergonha
que nos mantém afastados como se vivêssemos em planetas diferentes...
Ainda sinto tua falta...
mas o horizonte muda, conforme o caminhar
e eu ainda sinto esperança de que dias melhores virão...
e quando a estrela vespertina despontar entre o oceano e o vôo inconstante das gaivotas
vou dizer ainda sinto saudade de ter saudades tuas...
Saia e volte em um mês...

Cléber Otávio.