sábado, 6 de fevereiro de 2010

Quem sou eu?

Não sei muito bem, mas...
Não sou o queria ser,
Não sou o que me disseram que eu tinha de ser,
Não sou o que a sociedade queria que eu fosse,
Ou tão pouco o que convenções hipócritas me dizem pra ser...
Não sou nada disso...
Nem quero ser nada pra nada, nem pra ninguém que eu não ache que tenha de ser algo...
Sou um caminhante do mundo a procura de mim mesmo...
Sou o reflexo invertido no espelho dos loucos,
Sou alma, sou corpo
sou coração e também sou tesão...
Sou o coração leal dos guerreiros
Sou aquele que ama mesmo não entendendo muito bem o que é isso...
Enfim Não sou como queria ser, mas amo ser o que sou,
amo a vida, tento amar as pessoas como se fossem uma extensão de mim mesmo, e quando encontro o vazio, ou a mediocridade, vou embora, não com desamor mesquinha, mas com o desapego insano de quem sempre segue o próprio coração...
Acredito na grandeza do mar, na beleza do arco-íris, no amor incondicional... acredito na sinceridade que só é encontrada nas crianças e nos loucos, Acredito numa inteligência superior que tudo ama, que tudo cuida...
Acredito em mim, mesmo sem saber direito quem sou, acredito que nada é por acaso... que os que passam por mim sempre deixam um pouco de si e sempre levam um pouco de mim...
acredito que o que é finito, um dia torna-se infinito... Mas enquanto esse dia não chega, vivo como se cada dia fosse o último, intensa e apaixonadamente...
O que não sou, ou o que sou, já não importa, e sim o amor que levo no peito e a felicidade... Que mora em mim...
Cleber Otavio.

domingo, 17 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saudades

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Pablo Neruda

Repressores da pátria...

Ora quem és tu? Quem pensas que és?
Que coragem! Reprimir-me? Para que? Para que eu não seja mais eu mesmo? E qual o problema comigo? Não sou diferente de ninguém! Apenas sou eu mesmo… acredito em sanidade, em lucidez! Não posso viver fingindo, não posso viver uma vida de aparência como tu! Não posso! Não posso me perder de mim, sua repressão no fundo é inveja de quem goza a vida plenamente! Tua postura desonra a raça humana... Desonra tantas vidas que foram perdidas na busca pela liberdade de expressão, liberdade de ser o que se é!
Que pena! Todo esse sentimento negado, todos esses desejos negados, te transformaram num eterno insatisfeito. Confundir adequação com submissão é falta de personalidade… Espero não estar sendo apegado demais ao que penso e sinto, não quero ser egocêntrico como és…
Seu recalque fez criar dentro de ti um monstro, que pensa que pode tudo por que és socialmente bem aceito… Mas esse monstro não cala, não para, e de repente um dia na escuridão da noite a ilusão do álcool, a doce ilusão das drogas te liberta o monstro, que vergonha, acordas nu, e entre vibradores e pessoas ainda ávidas por fugir de si mesmas, pessoas que são como mortos vivos, são zumbis, sange-sugas que já morreram, mas não sabem... agora és um deles... então tu se desespera… o monstro criou vida própria, já não há mais controle… Como preferes a morte a ser tu mesmo… no breu da noite fria e úmida acordas em uma vala sangrenta, na sargeta que tanto desprezava… Adeus! Pois para mim já estás morto há muito tempo… Adeus! Meu luto de tua morte vai ser viver a vida cada vez mais e melhor... Adeus!
Cleber Otavio.

Abandono...

Quando somos abandonados pelo mundo, a solidão é superável; quando somos abandonados por nós mesmos, a solidão é quase incurável.

Leandro…

O Tempo

O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.


William Shakespeare

Orgânico e Eletrônico

Orgânicamente tocas, eletrônicamente te sinto. O Som orgânico das melódicas cordas do violão me fazem viajar, me fazem tocar as nuvens e o infinito céu azul…
Aqui dançando entre samplers e batidas eletrônicas, sou inundado por meus pensamentos, que mesmo que eu não queira levam a ti… Olho pró céu e os meus olhos brilham o reflexo da Lua cheia. Peço a ela que brilhe o meu olhar a ti e dessa forma chego ao teu coração…
Entre batidas eletrônicas e as cordas orgânicas do violão te desejo…
Minha alma clama por ti, me inebrio com a tua presença e já não sei o que dizer…
Meu pensamento se esvai e só me restam os sonhos… nos sonhos te encontro e nele somos o que queremos ser. Nossos pensamentos se unem, nossos lábios se tocam e nossos corpos tornam-se apenas um…

Cleber Otavio.