segunda-feira, 29 de maio de 2017

Quando contigo estou


Os lugares que vou
Quando contigo estou...
Há muito estavam abandonados...

A relva a tomar conta dos caminhos
As plantas e as flores cresciam tristes
Sem amor, sem vida...

Ao passarmos juntos todas as árvores se alegraram, os frutos,as flores desabrocham novamente...
Destemidas e lindas... inspiradas pelo belo amanhecer de nossos abraços...

Nossos beijos despertaram o vôo dos pássaros
Acordou a poesia adormecida nos felinos e como néctar e ambrosia adoçou a visão dos deuses sobre a humanidade...

Oh... Deivid...

Se eu pudesse transformar tudo que sinto em água, quantos oceanos teríamos que atravessar?
Se tudo que sinto fosse fogo, apenas o pai Sol me entenderia...
Se tudo que sinto fosse transformado em paz... a guerra jamais voltaria a existir...

Então apenas sinto
Apenas vivo isso tudo na gratidão imensa de poder te tocar neste dia...
Na imensidão tórrida de uma fé infinita de que tudo só pode dar certo...
Obrigado...

Cleber Otavio

sábado, 27 de maio de 2017

Poesia Matinal

Pela manhã ...
Enquanto as brumas do outono se dissipam
Venho caminhando de longe
E então caio em mim neste mundo...
No ardor de sua pele me faço poesia matinal
Para mais um dia lindamente existir...

Cleber Otavio

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Útero do Mundo

Foi na doçura dos teus lábios que me perdi de mim para me encontrar na ternura insana do mundo dos sonhos...

Por trás dos teus olhos...
Os vales e montanhas escondem um lindo arco íris que esconde uma porta...

Uma porta chamada felicidade que só pode ser aberta quando nossas mãos estão juntas...

Elas sobrevoaram o submundo para anunciar sua chegada...
O vôo inconstante das corujas do pai Hades nos levou de volta ao infinito por instantes...
Montado nessas aves gigantes nos encontramos com a morte...
Para renascer na poesia funesta das canções que revivem o Útero do mundo...

Abençoados pela mãe Lua acordamos abraçados e entorpecidos pelo gozo de simplesmente estar juntos...
Não há espaços para dúvidas neste círculo sagrado...
Apenas certezas e alegrias...

Cleber Otavio.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Íntimos Jardins

Pensamento ao longe a plainar sobre a relva...
Orquídeas e margaridas se assanham a sombra do meu vôo e alguns animais se escondem...
A desconfiar de um grande predador...
Inocentes...

Sinto ao longe o pulsar galopante do seu sentir...
Que a mim não chega, pois se perde na imensa trama social que estás preso...
Ora aprisionas te por medo ora por covardia...

Como guerreiro iniciado, não conheço o medo...
Filho das sombras, sou o temor do medo, sou o temor da malícia dos indignos...
Sou o espelho da Deusa e por ele vejo seus olhos a buscar me na imensidão dos teus horizontes internos...

E assim findo mais uma era
mais uma vez o amor perdeu para o temor...
E assim sigo sozinho na companhia de mim e
da busca de encontrar alguém que me receba em seus mais íntimos jardins...

No tapete de estrelas que cobre nossas cabeças revivo dias de glória de Lotlórien...
Bendito seja a magia dos bons guerreiros e que de sua força eu jamais me perca...

Cleber Otavio.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Jogo de Luz


Todo o Sentimento que estava preso se soltou...
Libertou-se
Todas as mentiras vieram à tona
Tudo que estava escondido foi revelado...
Olho pelas Janelas de minha mente
e me assusto com o reflexo de minhas dores, de meus temores
Olho para as as águas obscuras do meu inconsciente e espero apenas monstros...
No entanto Há uma monstruosa força que me guia...
que me faz forte perante meu pior inimigo...
EU...

Não Cresce nada nos campos da solidão,
Não há ninguém lá, além da multidão de cegos que alimentam sua alma com a culpa que lhes ensinaram a cultivar...
Lá os líderes espirituais fingem celibato para ter a confiança das pessoas
outros se dizem mensageiros de um Deus que não tem nada haver nada além de sofrimento por simplesmente existir,
culpa por simplesmente sentir, pois naquele mundo é proibido sentir, é proibido falar dos seus sentimentos, pensamentos ou desejos...
Então todos estes cegos se alimentam da ilusão de viver em uma moral inventada por alguém cujo ego lhe dava a vaidade de se sentir no direito de mudar o mundo e deixa-lo a sua imagem...
Não mais a Imagem da Deusa...

Posso viver em conformidade com qualquer grupo, mas não deixarei de ser eu,
Não matarei, nem violentarei, neste dia por que quando a sombra avança eu não fujo,
Eu Jogo luz em seus domínios, mas isso não me faz melhor, e não me isenta de ter pensamentos e desejos insanos,
Mas não é isso que dirá quem eu sou, e sim quem eu decido ser diante deste Cléber que eu muitas vezes, nem reconheço...
e assim vivo um dia de cada vez, leve, e livre, pois não me joguei na senda do autoconhecimento para continuar escravo...

Cléber Otávio.