quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Dois iguais.


Vazio...
Ele vem sempre que cavalgo pelos campos do medo...
Vem sempre que meus desejos frustram na escuridão...
O vazio é como limbo do inconsciente...
Não há nada lá, a não ser que eu construa...

Então um dia uma grande manada é libertada, todos cavalgam juntos em direção ao precipício...

Mas explodem em êxtase antes de cair...
Game over...
Tudo se acaba...
Tudo começa
Tudo recomeça
Tudo volta para fim do mundo
E o começo de um universo que só existe quando dois iguais se amam...

Cléber Otávio.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Simplesmente Poesia



Meu nome é poesia... Ando nas entrelinhas da vida
Sou irmã do humor,
Sou o espelho do amor
Sou inimiga da hipocrisia...
Sim sou Poesia...
Velada entre o inconsciente do mundo
E o vale das almas perdidas...
Vôo nas asas das gaivotas sobre o mar...
Cavalgo pelas estradas num canto de andar...
Inundo os olhos dos palhaços e dos loucos ou das crianças sou a fantasia...
Sim sou poesia...
Sou o verbo de tudo que está em movimento...
Sou vento, sou flor e sou o caminho de quem me expia...
Sou você e todos os outros viventes
Sou simplesmente poesia...

Cleber Otavio.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Anjo Sonâmbulo.



Anjos e Sonâmbulos

Eu estou aqui de novo
Dentro de você
E é tão bom ficar aqui
Mas eu não posso ficar por muito tempo
Eu flutuo em volta de um líquido de hibernação
Num hotel
Ligado à mesa de eletricidade
E me alimentando
Mas a espera me deixa inquieto
Eu chuto a fragilidadae pra fora
E grito "eu tenho que ir, socorro"
Eu explodo e a paz se vai
Sou banhado em luz nova
Eu choro e choro, desconectado
Um cérebro abandonado colocado em seios
E alimentado por um anjo sonâmbulo.

Sigur Rós.

Ao ouvir sua música eu sempre me emociono,
A alma transborda pelos olhos e por todos os poros e assim me me encontro comigo num recanto de paz e serenidade dentro de mim...
Cleber Otavio.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Em tempos de guerra, danço em círculo para os Deuses, silencio minha mente para escutar minha alma e com ela transmuto, transformo todas as dores em poesia...

O céu e o mar se calaram num silêncio esquecido e todas as perguntas fizeram - se respostas por alguns instantes...

Talvez a cura de minhas chagas não dependa apenas de mim...
Talvez o amor que busco não dependa do que tenho em meu peito...
Mas ele está em toda parte, preciso apenas ter olhos para vê -lo e sensatez para senti-lo.
Arda a velhice em chamas e o tempo desaparecerá...
Arda a juventude em si mesmo e desaparecerá a esperança...
Arda seus sentimentos ficarás frio...
E por fim ao arder a razão, a lucidez deixa de ser verdade e a loucura será sua realidade até nos perdermos de nós na escuridão espessa e ignorante de nossos medos...

Sombrio é tudo que não se pode ver ou tocar...
Sombrio é você ou eu sem fé...

Cleber Otavio.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Recomeço

A vida é um caminho só de ida para a escuridão...
As paisagens passam, enquanto os lobos correm pela floresta...
Do alto das montanhas vivo e enxergo a estupidez pelos olhos da coruja...

Sinto e alço vôos altos a procura de mim...
a procura de entender as almas jovens de quem passo.
O vento bate em minhas asas e sinto os ferimentos abertos
que fiz caçando a felicidade...

A vida é um caminho sem volta para o começo...
sobrevoo lindo pelos vales da morte e dela zombo por não me alcançar...
Não sei viver, não sei amar e talvez tenha que sobrevoar muitas vidas para aprender...
Sinto o vazio de minhas ânsias humanas, mundanas e apenas as observo sem jamais esquecer quem fez o céu...
Sem jamais me perder do grande espírito...

Saboto minha esperança com as lembranças das lutas sangrentas e dolorosas que me fizeram guerreiro...
Então fujo mais uma vez para a montanha solitária...
e antes de me desfazer em pedaços Rogo aos céus
por apenas por um bom recomeço...

Cléber Otávio

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Saber Voltar


Saber Voltar...
Na busca de mim
Fiquei surpreso ao ser confrontado com um grande espelho...
Vi a imensidão de minha alma na grande lagoa...
Por instantes me perdi...
E apenas quando me tornei lagoa me encontrei...
Fora de mim, sendo meu reflexo e dessa forma me enxergar...
Ao fazê-lo pude voltar pra mim com honra e gratidão...
Por saber voltar...
Cléber Otávio.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Lagoa


Adormeci distanciando-me da miragem proposta por suas palavras...
Decidir caminhar pra longe da dor que a mediocridade traz...
Mas a miragem ficou em mim gravada...

Acordei com a luz do pai Sol a entrar janela adentro e então eu já estava nos trilhos outra vez...
Ao andar pela beira d'água, a Lagoa me espelha e então entendo...

Quando o invisível me espelha, me convida a olhar-me, a aceitar-me, me convida a olhar a frente, sem perder-me de mim...
Pois não aceitar os desafios do caminho
É viver na ilusão...
Não aceitar a si, é estar cego e sem forças para mudar, para mudar-se.
Então regogizei-me em minha lucidez e nela cavalgo para um lugar bonito...

Cleber Otavio.

sábado, 25 de novembro de 2017

Consciência Negra


Nos últimos anos o movimento negro no Brasil ,a comunidade Afro Brasileira e luso Afro ameríndia. Conseguimos nos fazer representar em todos os segmentos. O que me alegra e me orgulha muito.
O que me faz pensar sobre o termo "consciência negra" , é a forma que a vivenciamos.
- Nos preocupamos com representatividade e esquecemos da nossa história, da luta de nossos antepassados TRAZIDOS A FORÇA, VENDIDO AOS EUROPEUS POR OUTROS NEGROS!
- Nos preocupamos com resgate da história mas nossos filhos não sabem quem foi Zâmbi ou Zumbi, porque nos preocupamos em estar representados e em abrir espaço para nuanças de nossa cultura ancestral, no entanto aos poucos vamos nos perdendo...
- Falamos uma língua européia,
- Não vivenciamos mais o respeito à ancestralidade.( não ritualística, mas de respeito ao ancião)
Nos esquecemos não só de Zumbi, mas De Bob Marley, de Billie Holiday, de Nina Simone, de Clementina de Jesus, Jovelina Pérola Negra, etc.
Nossos filhos, alunos não os conhecem geralmente.
Lutamos contra o racismo ao negro, e temos atitudes racistas e carregadas de xenofobia inclusive com nossos irmãos haitianos.
Lutamos contra o racismo, mas recebemos bem os amigos ou namorados brancos ou de outra "etnia" de nossos filhos?
Lutamos contra o racismo e esquecemos que muitos de nós não são apenas afro-descendentes mas afro ameríndios como eu e desprezamos isso, impondo a "negritude" esquecendo que muitos de nós são mestiços.
Pisamos num solo indígena, herdamos muitos nomes e costumes indígenas, e até sua fé através da umbanda, da capoeira que representam bem o encontro entre negros e índios.
Mas esquecemos disso. Usamos termos absurdos como "programa de índio" e achamos a nudez ultrajante.
Usamos a palavra Etnia, para nos definir e esquecemos que somos um misto de muitas etnias negras e indígenas e celtas.
Me desculpem mas consciência pra mim é lembrar disso todos os dias em meus atos, em minha postura, nas minhas palavras e principalmente na minha atitude com cada pessoa que convivo.
Zumbi e demais antepassados negros e índios que lutaram por nossa liberdade.
A escravidão acabou mas muitos de nós continuam Alienados.
Enfim além disso tudo nos perdemos também em relação às nossas origens... as imagens de nossos Orixás, Caboclos e demais entidades aparecem cada vez mais com aspectos caucasianos, estão aos poucos perdendo as características negras ou indígenas que tinham. infelizmente!
Consciência Negra? Histórica?
Cleber Otavio

sábado, 4 de novembro de 2017

Horizonte do futuro


Me visto de sombra para romper a escuridão da noite...
Corro ao lado dos negros felinos pela floresta sobrevôo as montanhas junto aos pássaros pretos em meio a névoa espessa...

Cavalgo a cantar pelas estradas que parecem não levar a lugar nenhum...
Navego pelas águas turvas até o ponto mais profundo da lagoa...

Para então afogar no inconsciente coletivo as mágoas tuas que eu carregava...
Já livre...
Me visto de Lua para assistir as vestes de sua alma queimar num imenso Sabah...

No horizonte meu futuro se aproxima
A medida que meus passos me aproximam do infinito...

Cleber Otavio.

domingo, 29 de outubro de 2017

Ilusão ou verdade


A escolha é sua...
"Aceite seus demônios internos, ou torne - se escravo deles...
Aprenda a andar nu pelas sombras ou pela luz...
Seja você mesmo com platéia ou sozinho...
Seja desonesto consigo e fique a mercê de tudo que lhe convém, assim quando tentares voltar pra si mesmo já não existirá individualidade..."

Cléber Otávio.

Créditos de imagem: Imagem de Frieda Harrys pintada para a magnífica obra O Tarot de Thot de Alistey Crowley.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Imensidão Azul

A vida segue como um rio..
Voraz e forte... suplanta, supera, atravessa ou destrói tudo que impede o curso do grande rio de passar...
Os encontros e desencontros de suas crias são parte da obra...
O calor da terra deu vida as suas crias...

Liberta-se da casca e voltar ao abraço molhado da criadora na imensidão azul, aonde os rios de todas as vidas se encontram...
É o desafio...

Vencer a areia, vencer a angústia e inveja de quem foi criado ao seu lado e pior vencer a sua própria, a si mesmo e os seus próprios medos...
Vencer as aves, as cobras e etc...
Vencer as adversidades da terra e então renascer no grande espelho de todas as almas...

Quando você pensar em reclamar, lembre que seu irmão pode estar lhe dificultando agora...
Os predadores estão lhe observando... esperando vcs esquecer porque caminha...
Para então saciar sua fome...

A esperança é o guia para a saída...
Não a perca...

Alma Atlanti.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Sonhos Perdidos


Sonhos...

Sonhos lindos e perfeitos como um filme...
Me perco de mim, e me esqueço de voltar quando mergulho em nossas lembranças...

As lembranças se misturam com as muitas fantasias que criamos juntos...
A realidade se perde... Quando as aspirações e desejos são lembranças de um sonho perdido...

Sinto inveja dos cães... que não precisam se preocupar com tudo isso...
Vejo os pássaros cantarem para eu dormir e me lembro de alçar vôos que rompem a aurora...
O tempo passa e cruelmente me fez esquecer seu rosto...
Me fez esquecer meu rosto jovem quando te amava...
Mas o cenário jamais se desfez de mim...

Cleber Otavio.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Imensidão Nefasta

Caminho por entre as brumas
Que se dissipam conforme caminha minha gratidão...

Desbravo muitos caminhos e descaminhos entre a dor e a solidão de não ter cúmplices do que carrego na eternidade do meu interior...

Então dou a mão... ora a luz, ora a escuridão que me guarda...

Afogo nas águas turvas de Shiva as sombras que tentam me levar ao desespero e me lavo de esperança...
Nado bravamente até a margem e o cenário que minha imaginação cria se desfaz na imensidão nefasta e criadora de quem me guia...

Como cego que ganha a visão repentinamente, me sufoco com a luz que a consciência traz...
Por fim despertei...
Mas o sonho... ah o sonho ficou gravado em mim...

Cleber Otavio.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Marcas

Carrego marcas pelo corpo, pela alma...
E elas não me dizem quem eu sou...
As adversidades que mudam de forma dentro ou fora de mim estão sempre presentes e muitas vezes tentaram sabotar o que vivo ou me dizer o que fazer ou sentir...

As marcas, pelo corpo, pela alma, pelo rosto, os meus cabelos brancos são claros sinais das muitas batalhas que passei...
Como guerreiro iniciado...

Sou senhor de mim, pois minha lucidez acontece sempre que o guardião dos meus caminhos me faz olhar a mim e tudo que há em volta pelos seus olhos...

Cleber Otavio.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

O ensurdecer das Moiras


Arrastei correntes pela escuridão,
Beijei demônios embevecidos em breu
Nas psicodélicas noites eletrônicas de Talamasca...

Mas quando o penhasco se abriu em minha frente...
Me joguei sem exitar...
Me banhei no esperma de deuses Sonâmbulos
Corri de mim para me abraçar no fim da estrada...
Sangrei, cantei, gritei até ensurdecer as moiras...
Para terminar na montanha solitária mais uma vez..
E lá ouvi os pássaros cantarem o futuro...
Vi os demônios se fazerem anjos...
Vi a moral perder a razão...
Vi as crianças crescerem...
Algumas virarem monstros e outras...

Vi o céu ficar rubro ao entardecer...
E quando o Pai Sol se deita sobre o grande rio...
O grande espelho das almas...
e ao desvelar os segredos das montanhas,
das águas furiosas e dos furacões da terra acordo de um sonho chamado vida...

É quando a velhice já ardeu todas as dores de um corpo que já não existe, então...

Pisco com os olhos de Deus na eternidade e então tudo faz sentido...

Cavalgarei para mais uma vida,com apenas uma mochila que só olharei quando for preciso...
O louco?
Não! O iniciado...

Cleber Otavio

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Espelhos Tortos


Não gosto de espelhos
Não porque não gosto de minha imagem
Mas porque o que espelho quase ninguém vê...

Não gosto de espelhos
Não porque não gosto de sua imagem
Mas porque ainda não inventaram
Algo que espelhe as almas...

Gosto de espelhos vivos...
Como os lagos, as lagoas e os mares
Que espelham o céu
Que espelham o rosto dos Deuses
E a face do infinito...

Cleber Otavio.

Da Fuga


Perdi-me muitas vezes pelo mar,
o ouvido cheio de flores recém-cortadas,
a língua cheia de amor e de agonia.
Muitas vezes perdi-me pelo mar,
como me perco no coração de alguns meninos.
Não há noite em que, ao dar um beijo,
não sinta o sorriso das pessoas sem rosto,
nem há ninguém que, ao tocar um recém-nascido,
se esqueça das imóveis caveiras de cavalo.
Porque as rosas buscam na frente
uma dura paisagem de osso
e as mãos do homem não têm mais sentido
senão imitar as raízes sob a terra.
Como me perco no coração de alguns meninos,
perdi-me muitas vezes pelo mar.
Ignorante da água vou buscando uma morte de luz que me consuma.

Frederico Garcia Lorca

sábado, 2 de setembro de 2017

Armadura


A montanha solitária é aonde descansam as almas dos grandes guerreiros...
Para chegar lá...
Terás que ser honesto
Terás que dizer a verdade
Terás que fazer o teu melhor
E ainda assim sempre haverá aqueles que dirão Que suas palavras são falsas...
Que suas atitudes são levianas
Que o seu melhor não é suficiente...

Serás testado até o limiar da loucura
E quando sentires que não precisas mais do aval do outro para ser você mesmo...
Quando as atitudes insanas na sua volta deixarem de te afetar...

Então é sinal que a armadura que foi dada a ti pelos grandes guerreiros está sendo usada.
Por fim acordas um dia abraçado na doce solidão das montanhas com a inigualável sensação de ter vencido a si mesmo...

Cleber Otavio.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Canção

Beijar te? É como se a música mais linda tomasse forma humana e por instantes eu pudesse não cantar, mas me deixar tocar por todas as notas... de você, minha mais bela canção...
A distância é o alimento de minhas fantasias...
É o que dá vida aos poemas insólitos de saudade...
É o vento que permeia as montanhas fúnebres de um sentir proibido...
Então me entrego às lágrimas sentidas de canções bregas...
Escrevo coisas para entregar te, que nunca chegam...
Imagino cenase lindas e recheadas de paixão...
Até que depois de passearmos juntos pelo infinito livres das amarras dos nossos corpos...

Acordo mais um dia...
Com a cama vazia...
Mas ainda com a alma cheia de ti...

Cleber Otavio.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Sabedoria das Aguas

Será que cavalgarei assim
Sempre solitário pela vida afora?
Eu e meus guias
Eu e meus pensamentos...

Em meus pensamentos
Viro um grande pássaro
Que desbrava a fúria das montanhas
Ou a imensidão dos oceanos
Vôo incansável até o fim do mundo...

No fim do mundo
Entôo canções de misericórdia
Aos pés da grande senhora
Em sua lagoa me espelho...
Então me faço Lagoa
E em sua força me desfaço
Para então por instantes vivenciar
A grandeza e a sabedoria de suas águas...

Depois de algum tempo
Das águas me liberto
E Com suas forças
Tomo meu posto diante dos Deuses...

Na espada do grande guerreiro me refaço
e nela encontro boa parte de minhas forças...
Na adaga da grande senhora que faz girar a roda da vida me componho...
Com a bênção de todos os ancestrais...
A paz que antes fora perdida...
Renasce
E o amor desencanta os muitos caminhos da grande mãe...
Do grande pai...

É assim Sigo cavalgando pela vida
Solitário apenas aos olhos dos menos evoluído...
Mas sem jamais estar sozinho...

Cleber Otavio.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Caminho Incansável


Caminho e meus pés tocam o que a estrada oferece...
Caminho e meus guias me mostram apenas o que minha mente, meus olhos e meu coração
está disposto a ver, tocar ou sentir...

Caminho... e meu caminhar é sempre de aprendiz...
Caminho e na busca de curar-me vou curando os moribundos que encontro
e a luz que me ilumina irradia não apenas os porões de minha alma
mas também das almas que toco...

Caminho e por vezes apenas por caminhar fico surdo, mudo e cego para o que não me faz bem...
Caminho... e a cada passo vivo uma nova lição... Percebo coisas que sempre ali estiveram, mas nuncas foram vistas...
Toco coisas que nunca toquei porque nunca me permiti...
Sinto coisas que nunca senti porque meu coração cria um muro em sua volta para proteger-me de mim e do que o despedaça...

Por fim caminho sempre e mesmo machucado, cansado não deixo de caminhar
porque a roda da vida anda sempre para frente e o segredo da cura...
mora no movimento...
Então caminho incansável até o fim...

Cléber Otávio.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Luz e escuridão


Não há fronteiras que separem os medos e as dores da alma...
A cada passo em direção a eternidade
Se abrem caminhos internos.

Entre a luz e a escuridão moram as escolhas e o silêncio eterno dos sábios...
As paixões distorcem olhares serenos e entorpecem os sentidos...
O amor alimenta a alma e mostra a verdade sobre todas as coisas...

Quando se tem amor próprio...
Atrai-se amor e bem viver em tudo...
Quando não...
Há apenas miséria e dor...

Cleber Otavio.

domingo, 9 de julho de 2017

Sozinho...


Todos os meus sentidos te procuram...
Mas não te encontram
Então Peregrino pelas muitas estradas
Situadas entre os apelos sagrados ou mundanos
Que encontro pelos caminhos e descaminhos de um andar solitário...

A saudade me faz derramar lágrimas ao cantar nossas canções...
Me faz curar tua falta em falos falsos ou em travesseiros sinuosos como teu corpo...
Me perco entre a realidade e a fantasia e por vezes me perco de mim na esperança de te encontrar...

Mas há um imenso espaço que nos separa...
Algo que te faz inalcansável como o sentimento que nutro...
Então sigo sozinho, na dor imensa e inconstante que tua falta provoca em minha alma...

Cleber Otavio

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Mar de Desejos

Caminho num grande muro...
Situado entre a realidade que me ofereces
E o mar de desejos que nossos inconscientes despejam...

Poderia ser um gramado castanho...
Mas é o cheiro do castanho dos seus cabelos
Que me inebria...

Poderiam ser as montanhas que se perdem no longínquo Horizonte mas...
É nos vales ingênuos e íngremes do teu corpo que meus sonhos se perdem...

Poderia ser qualquer textura
Poderia ser qualquer língua
Poderia ser qualquer corpo...
Poderia ser qualquer um...
Mas é você...

Eu poderia amar qualquer um
Alguém que não fizesse em pedaços meu peito
Alguém que não tivesse vergonha de si
Alguém que se jogasse nos vales da paixão sem medo...
Mas minha alma desgraçadamente sempre esbarra na tua...

Como se os caminhos que percorro sempre levassem a ti...
Como se fosse uma maldição a me provar...
Como se fosse uma ferida que se abre sempre que me tocas...

Mais uma vez meu ferimento é tão grande...
Que não posso mais ser tocado...
Então me escondo do sentir...
E na pouca razão que me sobra
Me curo...
Até te encontrar...
Para Mais uma vez me despedaçar ao te amar...

Cleber Otavio.

domingo, 11 de junho de 2017

Eternidade Etéria

Tua partida é como uma navalha
Que passa pelo meu peito...
Tua presença é ainda sentida nos meus cobertores...
Não há espaço entre a saudade e às lembranças...
Não há nada em meu quarto
que não tenham teu cheiro
E o gosto dos teus lábios...

Eu já não me lembrava quem eu me tornava
Quando me sentia tocado, amado, protegido por alguém...
Não me lembrava da sensação de voltar pra casa e cair dentro de um abraço caloroso...

Eu já não lembro quem pintou o céu de azul
Ou mesmo meu nome nesta floresta imensa chamada paixão...
Por vezes caminho sobre o mar
Ou sobre as águas turvas do inconsciente das nuvens...

Por fim alguém me chamou...
O calor do teu corpo sessou.
E tudo que havia de mais lindo desmoronou sobre nossas cabeças...

Então sigo sozinho na esperança de me perder na eternidade etéria. Do ser que me torno quando contigo estou..

Cleber Otavio.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Quando contigo estou


Os lugares que vou
Quando contigo estou...
Há muito estavam abandonados...

A relva a tomar conta dos caminhos
As plantas e as flores cresciam tristes
Sem amor, sem vida...

Ao passarmos juntos todas as árvores se alegraram, os frutos,as flores desabrocham novamente...
Destemidas e lindas... inspiradas pelo belo amanhecer de nossos abraços...

Nossos beijos despertaram o vôo dos pássaros
Acordou a poesia adormecida nos felinos e como néctar e ambrosia adoçou a visão dos deuses sobre a humanidade...

Oh... Deivid...

Se eu pudesse transformar tudo que sinto em água, quantos oceanos teríamos que atravessar?
Se tudo que sinto fosse fogo, apenas o pai Sol me entenderia...
Se tudo que sinto fosse transformado em paz... a guerra jamais voltaria a existir...

Então apenas sinto
Apenas vivo isso tudo na gratidão imensa de poder te tocar neste dia...
Na imensidão tórrida de uma fé infinita de que tudo só pode dar certo...
Obrigado...

Cleber Otavio

sábado, 27 de maio de 2017

Poesia Matinal

Pela manhã ...
Enquanto as brumas do outono se dissipam
Venho caminhando de longe
E então caio em mim neste mundo...
No ardor de sua pele me faço poesia matinal
Para mais um dia lindamente existir...

Cleber Otavio

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Útero do Mundo

Foi na doçura dos teus lábios que me perdi de mim para me encontrar na ternura insana do mundo dos sonhos...

Por trás dos teus olhos...
Os vales e montanhas escondem um lindo arco íris que esconde uma porta...

Uma porta chamada felicidade que só pode ser aberta quando nossas mãos estão juntas...

Elas sobrevoaram o submundo para anunciar sua chegada...
O vôo inconstante das corujas do pai Hades nos levou de volta ao infinito por instantes...
Montado nessas aves gigantes nos encontramos com a morte...
Para renascer na poesia funesta das canções que revivem o Útero do mundo...

Abençoados pela mãe Lua acordamos abraçados e entorpecidos pelo gozo de simplesmente estar juntos...
Não há espaços para dúvidas neste círculo sagrado...
Apenas certezas e alegrias...

Cleber Otavio.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Íntimos Jardins

Pensamento ao longe a plainar sobre a relva...
Orquídeas e margaridas se assanham a sombra do meu vôo e alguns animais se escondem...
A desconfiar de um grande predador...
Inocentes...

Sinto ao longe o pulsar galopante do seu sentir...
Que a mim não chega, pois se perde na imensa trama social que estás preso...
Ora aprisionas te por medo ora por covardia...

Como guerreiro iniciado, não conheço o medo...
Filho das sombras, sou o temor do medo, sou o temor da malícia dos indignos...
Sou o espelho da Deusa e por ele vejo seus olhos a buscar me na imensidão dos teus horizontes internos...

E assim findo mais uma era
mais uma vez o amor perdeu para o temor...
E assim sigo sozinho na companhia de mim e
da busca de encontrar alguém que me receba em seus mais íntimos jardins...

No tapete de estrelas que cobre nossas cabeças revivo dias de glória de Lotlórien...
Bendito seja a magia dos bons guerreiros e que de sua força eu jamais me perca...

Cleber Otavio.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Jogo de Luz


Todo o Sentimento que estava preso se soltou...
Libertou-se
Todas as mentiras vieram à tona
Tudo que estava escondido foi revelado...
Olho pelas Janelas de minha mente
e me assusto com o reflexo de minhas dores, de meus temores
Olho para as as águas obscuras do meu inconsciente e espero apenas monstros...
No entanto Há uma monstruosa força que me guia...
que me faz forte perante meu pior inimigo...
EU...

Não Cresce nada nos campos da solidão,
Não há ninguém lá, além da multidão de cegos que alimentam sua alma com a culpa que lhes ensinaram a cultivar...
Lá os líderes espirituais fingem celibato para ter a confiança das pessoas
outros se dizem mensageiros de um Deus que não tem nada haver nada além de sofrimento por simplesmente existir,
culpa por simplesmente sentir, pois naquele mundo é proibido sentir, é proibido falar dos seus sentimentos, pensamentos ou desejos...
Então todos estes cegos se alimentam da ilusão de viver em uma moral inventada por alguém cujo ego lhe dava a vaidade de se sentir no direito de mudar o mundo e deixa-lo a sua imagem...
Não mais a Imagem da Deusa...

Posso viver em conformidade com qualquer grupo, mas não deixarei de ser eu,
Não matarei, nem violentarei, neste dia por que quando a sombra avança eu não fujo,
Eu Jogo luz em seus domínios, mas isso não me faz melhor, e não me isenta de ter pensamentos e desejos insanos,
Mas não é isso que dirá quem eu sou, e sim quem eu decido ser diante deste Cléber que eu muitas vezes, nem reconheço...
e assim vivo um dia de cada vez, leve, e livre, pois não me joguei na senda do autoconhecimento para continuar escravo...

Cléber Otávio.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Pétalas Brancas


Acordo pela madrugada com sua voz a chamar-me...
Entras porta a dentro e sua ternura me invade...
Como a água que preenche os espaços por onde passa.

Já a tarde... me acordo com cobertores vivos a acariciar-me..
Minhas mãos passeiam pelas curvas do seu corpo e por ele me perco de meus anseios...
Por ele me encontro com minha forma mais bonita em espaços dentro de mim que só vou quando contigo estou...

Canto baixinho no teu ouvido
e adentro as quentes furnas de sua carne...
Nossas respirações aceleram até o êxtase que explode em pétalas brancas...
E mesmo que os compromissos me chamem
fingo que não estou e ali fico, com os meus lábios nos teus...

Enroscado na eternidade bonita do teu ser...
E assim me desfaço...
e assim me refaço...
para mais um dia...

Cléber Otávio.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Poesia Perdida


Ouço o galope do seu cavalo...
Ora ao longe
Ora em minha volta...
as avenidas e ruelas dentro e fora de mim
sempre me levam a felicidade...

As minhas dores se esvaíram como as brumas expostas ao calor do Sol...
Minhas fantasias se perderam nos portões do submundo...
E a lucidez arde minha alma
e invoca para a escuridão da origem
a criança interior que em mim habita..

A Terra do nunca é o Refúgio que vivo quando a paisagem perde as cores...
quando minha alma se distancia da força
e por instantes não reconhece a beleza e a poesia do arco íris que existe no longuínquo horizonte

Apenas mais um dia...
apenas mais um corpo vazio que se perde...
Meu quarto está cheio apenas de mim...
e isto me basta...

Pois quando me permito ser o verbo de minha origem
me encontro comigo e toda a poesia perdida volta a me compor...
Como uma armadura...
e com estas vestes, simplesmente existo,
Simplesmente vivo um dia de cada vez...

Cléber Otávio

sexta-feira, 10 de março de 2017

Existir


Vem de lá...
das profundezas da noite o sentir...
vem de lá
das profundezas do infinito a inspiração para a poesia...
é de lá que viemos...

Da Escuridão disforme da sombra da mãe Lua...
Entre os dentes afiados do dragão
e a beleza Lírica dos felinos
nos encontramos...

Cavalgo...
Ora pelas Nuvens,
ora pelas ondas do mar negro
A correnteza dos rios de nossas vidas
se fará mar novamente em seu ápice...

Então quando as brumas se dissiparem,
tudo volta a pureza de sua origem...
Cada um de nós é verbo do ser supremo
quando nos permitimos existir realmente...
Por fim, o que é existir pra você?

Cléber Otávio.

Passageiro

Passam por aqui
Senhoras,
Crianças,
Rapazes e moças
Casais e até animais...
Passam também aventuras,
Conquistadores,
Sonhos de alegria e de profunda tristeza por trás de cada par de olhos que me observa...
Mas até os minutos galantes e falantes de uma conversa sensual se desfazem ao final da viajem...
Enfim...
Para um motorista que transporta pessoas?
Ah... tudo na vida é passageiro...

Cleber Otávio.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Poetisa da noite



"...Distante dos poemas de morte, admiro o misto de cores na linha do horizonte...
Enquanto a grande poetisa do universo se deita sobre o mar, me inspiro...
e nas trevas da noite me deito em vestes de Lua a fim de banhar me de bênçãos em sua fria Luz...

Cleber Otávio.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Câncer...

Talvez...
Talvez alguns anjos tenham caído
Talvez a verdade se dissolva com o despontar da ignorância...
Talvez os cães do submundo não o assombrem
Mas o protejam do que não podes ver ou tocar...

Talvez sua criança já tenha partido com a senhora dos mortos
E a Luz fria da mãe Lua seja sua única esperança...
Talvez...

Mas um dia logo ali na frente...
Um dia seu pai acreditará em você
Mesmo que não precise disso...
Um dia as línguas que lhe mal disseram
Apodrecerão com câncer...
Um dia...
Um dia o anjo que caiu se levantará em seu nome por sua lealdade
E ao defende-lo na luz verás que o anjo nunca caiu...
Então talvez um dia toda verdade que vem à tona se faça justiça
E tudo ganhe sentido pra todos quando nada mais terá sentido para o câncer que reside em você agora...
A morte lhe assombrará, definharas lentamente em um pesadelo sem fim...
E quando não houver mais carne para definhar...
A escravidão a todo mal que invocaste é o que vai lhe restar...

O mesmo brilho frio que lhe assombrará é o que me da forças...
A mesma maldição que me lançaste irá te alcançar...
A mesma dor que me causaste será o começo de sua despedida deste mundo...
A mesma sacerdotisa que foi a voz de seu ódio estará ao teu lado
No fundo do poço do submundo a esperar pelo julgamento quando a vergonha dos nossos ancestrais as abandonarem no limbo profundo e escuro do inconsciente do mundo...
Por fim quando tudo forem apenas longínquas lembranças torpes...
Sua existência terá sido apenas um mau sonho o qual desejarão jamais ter entrado...
Que a paz seja um sonho distante...
Que a luz que as criou, as destrua...
Que a morte as alcance e as faça definhar, mas bem lentamente...

Que o amor do ser supremo se desdobre em justiça neste dia de hoje
E que isso me traga paz, que seja o fio da espada do grande guerreiro
E que esta espada vista de glorias meu caminho e a vida dos que me seguem...
E que assim seja
Que assim seja
Que assim seja
E que assim se faça...
Jera, Raido, Tyr, Yeoh...
Ovjibaio Psicopompe Ilu

Cleber Otavio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Amor é Liberdade


Caminho sobre um chão de estrelas
Não por estar no paraíso
Mas porque o céu despencou sobre as nossas cabeças

Ou porque a gravidade misturou as dimensões
e a profundidade do mar está sobre nossas cabeças
e a luzes que antes eram distantes, iluminam nossos rostos...

Os Navios sobrevoam o céu e os Aviões navegam o céu da terra...
Pensei que talvez O ser supremo tenha se distraído por instantes
ou a mãe Terra tenha se revirado em sua dor...

Mas não...
Sou Eu que estou despendurado a muito tempo...
Como Odin ficou para desbravar os segredos das Runas

Uma velha sábia me acompanha
e com ela sigo... venço as montanhas que que onipotentes se erguem a minha frente
Por vezes adoro o cajado por me dar suporte
noutras o adoro por como símbolo fálico que fertiliza e penetra a intimidade da Terra...

Fecho os meus olhos e vejo ele...
Adoro sua nudez quase pueril
quase fantasmagóriga de tão alva...

Admiro sua beleza e sofro suas dores mesmo sem querer
Por vezes teu homem, por vezes teu pai...
Agora que curei suas feridas
vislumbro sua imagem a se distanciar de mim...

Para mim amor é liberdade então...
mesmo que o mundo pareça estar de cabeça pra baixo
Vejo sua partida, vejo sua felicidade ao lado de outra pessoa
Vejo o despontar da Criança que espera ansiosa para nascer...

Por fim a Vida é hoje, não amanhã...
pois neste corpo, só se vive uma vez...
Adeus...

Cléber Otávio

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Campos da Solidão


Os pardais sobrevoam pelo vale da morte
porque os Lobos Caçam a cólera dos Deuses
inflamada pelos torpes erros dos antepassados...

Os Urubus navegam pelos vales
se alimentando dos restos mortais
das sacerdotisas negras de outrora...

Cavaleiros negros arrastam os corpos
de suas vitimas pelos campos do limbo...
e o Senhor da morte impõe sua espada
aos traidores...

A Magia arde a morte nos campos da solidão
e os pares de olhos castanhos se esvaíram
na ira das Fúrias, pois até o Soberano dos Deuses
se satisfez, com o Julgamento da Mãe Lua...

Alma Atlanti

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Elfos


Despontai das luzes que emanam do interior da Floresta...
Senhor dos Elfos...
Os mortos romperam os portais de Lotlórien
Mas se perderam entre arcos e flechas sagrados...
Eu vos espero no círculo dos iniciados, após transcender as chamas que clamo por perdão...
Lá o tempo inexiste porque...
Os olhos da Deusa vão além do tempo e do inimaginável infinito...

Cléber Otávio.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Corpo

Se os corações pudessem falar
O que o seu diria ao meu?
Se em minhas mãos falassem
O que ela ter diria depois de tudo?
Não; não vou continuar com isso...
Pois se meus pés pudessem falar
Das estradas que percorri ao teu lado
E aonde fui parar...
Outras partes do corpo se calariam de vergonha...

Cléber Otávio.

A Abelha e o Girassol


A Abelha e o Girassol
Se eu fosse abelha é claro que eu pousaria em ti... Belo Girassol...
Hoje sou Girassol responde a flor, mas já fui uma estrela...
Surpresa a abelha curiosa exclamou: e como viraste Flor?
Há algum tempo atrás, eu era uma estrela, seguia a Mãe Lua, senhora de todas as estrelas, pela noite, mas sempre me atrasava pela manhã para ir embora, pois não conseguia parar de olhar a beleza e o brilho do Sol...
Mas a noite era a primeira estrela a despontar no céu, só para ficar admirando sua beleza...
E a Lua sempre me chamava a atenção, dizia que era um amor impossível, pois sempre que ele vinha eu tinha que sair e vice versa...
Mas não adiantava eu não conseguia parar de pensar no seu brilho...
Então um dia fui falar com o senhor dos ventos e ao chegar lá, ele já sabia o que eu queria, e antes de eu perguntar ele disse: é impossível estrelinha, a não ser que você deixe de ser estrela. Eu sem pensar eu disse que seja então...
Imediatamente um grande vento tomou conta do meu corpo celeste e eu cai muito rápido na terra...
Abrindo um buraco na terra e no fundo uma semente... que o senhor dos ventos mandou muita chuva e força então cresci linda e amarela, adormeço a noite mas pela manhã posso admirar o Sol desde o seu surgimento na Alvorada até sua Aurora Poente... e ele a mim...
A Abelha com os olhos transbordando lhe disse: que bom que agora és flor é de sua poetica beleza que nós abelhas produzimos mel... Então além do Sol e de suas irmãs flores tens agora nós...
Abelhas para lhe amar e cuidar...
Sem perder o Pai Sol de vista, o Girassol Adormece... pois o Sol...
Se foi...
Cleber Otávio.
( história inspirada/baseada na lenda do Girassol, do libro das Virtudes)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Pangéia Funesta

O universo me pede silêncio
mas o único silêncio que cala minha alma
só acontece quando ouço tua voz...

O mundo que criamos, nossas plantas, avenidas
nossos corpos e a dimensão que construímos ficou abandonada
árida, seca...
Mas encontrou poesia nas profundezas da floresta...
renasceu das cinzas...

E tudo começou a ganhar cor de novo,
novas formas e o infinito acendeu nos teus olhos...
novamente...

Por vezes me escondo sozinho neste mundo, pois nem sempre estás lá...
por vezes cavalgo naquelas estradas, de olhos fechados, entregue.
Em caminhos que por vezes parecem não ter fim...

Acabo em explodir em êxtase sozinho mais uma vez,
em um mundo que não tenho como desconstruir sozinho...
Na esperança insana e inalcansável de viver neste mundo
Com alguém que seja real...

No fim O sentimento real, os desejos reais as palavras reais,
se perdem na trama social que vivemos
Uma Pangéia funesta que leva tudo e todos a morte espiritual...
Então entendo o Silêncio que o Universo me pede...

Cléber Otávio



sábado, 21 de janeiro de 2017

Estranho e Perigoso


Para e arranca entre sinais e avenidas longínquas em caixas com rodas, fechadas, protegendo os humanos deles mesmos, porque caminhar entre os iguais se tornou eatranho e perigoso...

Cachorros presos a coleiras como se fossem escravos, pois cães soltos são como pessoas soltas, naturais...
Mas o natural se tornou estranho e perigoso...
Pequenas caixas eletrônicas que alienam os seres pois falar olhando nos olhos, abraçar, sentir o cheiro das pessoas tounou-se estranho e perigoso..

E quando penso no que vamos nos tornando com o mau uso da tecnologia que dispomos, quando penso no grande avanço que temos sem bases, sem princípios espirituais que nos dêem um norte, vejo claramente que
Estranho e perigoso é o destino que estamos construindo...

Cléber Otávio.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Animal de Poder


Sua fera felina despertou na escuridão da noite...
Desbravou o breu sublime da floresta até se deparar com outra fera...
Seus comandos já não lhe diziam nada, seus instintos tomaram conta dele...
Sua fera...
Se interlaçou com a outra e juntas lhe mostraram que só a entrega aos instintos mais puros pode vencer os seus maiores medos...
Descobrira seu animal de poder...
Os felinos se atiraram nas águas escuras e profundas do inconsciente...
Lá o tempo não existe...
Quando voltaram suas mentes estavam velhas e a felicidade ardia no fogo de suas paixões que incendiava junto aos seus medos no mar em chamas...
Ao voltar...
Já não eram os mesmos...
O fogo os purificou e as aguas profundas acordaram os olhos da alma...
Enfim renasceram...

Cléber Otávio.



Maior Medo


Nosso maior medo não é o de sermos incapazes.
Nosso maior medo é descobrir que somos muito mais poderosos do que pensamos.
É nossa luz e não nossas trevas, aquilo que mais nos assusta.
Vivemos nos perguntando: quem sou eu, que me julgo tão insignificante, para aceitar o desafio de ser brilhante, sedutora, talentosa, fabulosa?
Na verdade, por que não?
Procurar ser medíocre não vai ajudar em nada o mundo ou os nossos filhos.
Não existe nenhum mérito em diminuir nossos talentos, apenas para que os outros não se sintam inseguros ao nosso lado.
Nascemos para manifestar a glória de Deus – que está em todos, e não apenas em alguns eleitos. Quando tentamos mostrar esta glória, inconscientemente damos permissão para que nossos amigos possam também manifestá-la.
Quanto mais livres formos, mais livres tornamos aqueles que nos cercam.

Marianne Williamson

sábado, 14 de janeiro de 2017

Psicodélico Devir


A Aurora rasga o horizonte enquanto o Sol se deita sobre o mar...
A consciência rasga a visão interna de si enquanto seu mestre lhe ensina a amar...

As chamas arderam e com ela a culpa que outrora os perturbou...
As águas lavaram o dialético sentir que os afastava de quem eles realmente são...
Mas afinal quem foi que disse o que sentimento tem certo ou errado?
Será preciso virar o mundo do avesso para poder entendê los...
Antes...

Agora o mundo que eles construíram era suficiente para sustentar os seus sonhos...
Um psicodélico devir os espera por trás dos olhos da Deusa...
Mais será revelado...

Cléber Otávio.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Perspectiva



"Nem sempre estar de cabeça pra baixo é ruim, às vezes é aventurar-se a olhar as coisas por uma outra Perspectiva...

Cléber Otávio.