quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sentinela das emoções...


Todas as bocas do mundo secaram ao Sol quando te vi sofrer...
Todos os corpos quentes que tocamos, esfriaram no alvorecer...
Ninguém cavalgará mais nas estradas daquele amor nem haveremos mais de temer...

Os cabelos e as figueiras em nossa pele nos elevam a um dolorido lugar no horizonte perdido, a consciência...

Hoje o amor está na sombra da dor
A dor nos faz crescer e a experiência...
Bom... esta nos tirou o dom de mentir... de iludir tudo as voltas de nós...

A esperança renasce num horizonte que estava perdido...
As margens de desejos e fantasias sinto...
Meu coração pulsar junto do calor do seu corpo...
Minha alma esbarrou com a tua em uma dimensão distante e as lágrimas que antes foram de sangue... tingiram de vermelho
um mar de terras distantes...

Os muros que sufocavam nossos corações foram derrubados, pois não podemos ser sentinelas de nossas emoções...

A sofreguidão nos teus olhos fez transbordar minha alma...
Uma solidão pagã anuncia sua chegada...
Os nevoeiros de dores febris se desfizeram junto de todas as maldições...

Por fim é no calor de teu corpo que minhas mãos vão passear mais uma vez...
Longe da terra do nunca
Mas sem nunca perder o encanto de sua magia que em mim habita...

A realidade enfim solidifica o sentimento...
o abrigo quase extinto, dos falos...
Aonde me perco em florestas brancas e estradas de barro...
Por fim, por aqui encerro este lamento... me calo...

Cléber Otávio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário