sábado, 4 de junho de 2016

Sina de Prometeu


Acordo mais um dia e meus lençóis são de solidão,
mas não há pesar em meu leito
tão pouco em meu peito...
Mas sim, as lembranças do teu cheiro...
do teu gosto
e da alegria que outrora me trouxeste...

Acordo mais um dia e toco o infinito na eternidade do meu sentir...
Em horizontes internos vejo pares de olhos desejantes de mim
e lá me encontro...
Lá me perco...

Me encontro com meu Deus, com minha Deusa...
Me perco dos meus demônios internos...

Ora me encontro para me perder
ora me perco para me encontrar...
em lençóis que muitos vezes são cheios apenas de mim...
Ora sentem falta de tuas carícias, enfim...
do toque...
do cheiro da malícia...
Que exala pelo quarto ao amanhecer em meus braços...
e da felicidade que vejo por trás dos olhos teus...

Caminhar pelas brumas dos sentimentos em imenso Apogeu...
de vivências e ilusões...
Beijos quentes na eterna sina de Prometeu...
Um poema Licérgico que em sua simplicidade retrata simplesmente...
Tu e eu...

Cléber Otávio


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