domingo, 27 de março de 2016

Poética Eternidade


Em teus olhos puxados me perco...
Na inocência perdida que me foi tirada pela vida adulta...
Em poética eternidade minhas mãos passeiam em teu corpo macio
Como a de um felino feroz que zela por sua cria...

Em meu peito zelo o amor
Em meu ventre o pulsar...
E assim desbravo os verdes campos da terra do nunca...
Cavalgamos rumo ao horizonte

Como quem cavalga para o infinito...
Sem exitar ou pensar no momento seguinte...
Sem medo de dores ou julgamentos
Pois lá não existem tais coisas...

Ternura prosa
Na intersecção que acontece entre os mundos
Vejo as florestas se fundindo
e o tempo se perdendo nos teus abraços...

O Sol tocou a terra no distante horizonte
e os deuses enviaram a criança Luly que traz em sua luz a esperança
que cavalga sem saber a grandeza que sua egrégora traz a nosso caminho

Paradigmas que se quebram no andar da roda da fortuna
que gira loucamente fazendo todas as paisagens mudarem
enquanto os anciãos riem de nossas escolhas vãs...

No entanto sou movidos pelas luzes do grande guerreiro e da senhora dos ventos,
pela Mãe Lua e pelo senhor do Submundo...
quando me permito enxergar meu caminho pelos seus olhos...
Então agradeço por ter a lucidez ainda para escolher
como vou andar pelas estradas que os Orixás e os deuses me colocam...

Cléber Otávio.

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