domingo, 27 de março de 2016

Poética Eternidade


Em teus olhos puxados me perco...
Na inocência perdida que me foi tirada pela vida adulta...
Em poética eternidade minhas mãos passeiam em teu corpo macio
Como a de um felino feroz que zela por sua cria...

Em meu peito zelo o amor
Em meu ventre o pulsar...
E assim desbravo os verdes campos da terra do nunca...
Cavalgamos rumo ao horizonte

Como quem cavalga para o infinito...
Sem exitar ou pensar no momento seguinte...
Sem medo de dores ou julgamentos
Pois lá não existem tais coisas...

Ternura prosa
Na intersecção que acontece entre os mundos
Vejo as florestas se fundindo
e o tempo se perdendo nos teus abraços...

O Sol tocou a terra no distante horizonte
e os deuses enviaram a criança Luly que traz em sua luz a esperança
que cavalga sem saber a grandeza que sua egrégora traz a nosso caminho

Paradigmas que se quebram no andar da roda da fortuna
que gira loucamente fazendo todas as paisagens mudarem
enquanto os anciãos riem de nossas escolhas vãs...

No entanto sou movidos pelas luzes do grande guerreiro e da senhora dos ventos,
pela Mãe Lua e pelo senhor do Submundo...
quando me permito enxergar meu caminho pelos seus olhos...
Então agradeço por ter a lucidez ainda para escolher
como vou andar pelas estradas que os Orixás e os deuses me colocam...

Cléber Otávio.

domingo, 13 de março de 2016

Comentários


Olá meus queridos amigos, e Leitores que acompanham este blog, Tenho acompanhado os registros do blog e vejo que sou bastante lido e muitas pessoas acompanham o blog...
Tenho escrito e dividido textos diversos há algum tempo, tenho procurado dividir minhas impressões e sentimentos sobre o que vivo e sinto publicamente neste blog desde 2009.

O que peço aos que leem regularmente que possam dividir comigo suas impressões e sentimentos no espaço de comentários de cada texto do blog em Português ou Inglês...

Obrigado por acompanhar este trabalho...
boas leituras...

Cléber Otávio.

Calor dos Teus Abraços


Vislumbro o horizonte pelos olhos das gaivotas,
Nele, perco os meus sentidos...
Ofuscado pela beleza do por do Pai Sol
Que dentre tantas cores
Brilha a saudade do calor dos teus abraços

Cléber Otávio.

Porões do Submundo


Em algum lugar do tempo as cores do horizonte se fundiram com a lucidez...

Em algum lugar...

Em algum lugar do tempo, inalcansáveis se tornaram suas escolhas...

O centro do universo do seu infinito particular
enviou sua alma para os porões do Submundo...

Lá...
Seu nome é desespero e o sopro que antes era de vida
agora aspira a morte
Agora se alimenta dos seus medos em funesta solidão...

Cavalgando entre a dor e o desespero seu anjo o resgata...

Mas será que ela vai pular do penhasco?
Se jogar sem ver o fundo
sem ver o fim,
Acreditar no que não conhece,
Confiar no que não vê e ainda assim crer...

Mais uma noite os lobos uivam sobre a montanha
os ventos sopram magia e o espelho da Deusa mãe reflete seu íntimo
as espadas do grande pai lhe rasgam o plexo
e ela flutua sobre o absurdo...

Pois os guardiões já sequestraram seus demônios
e sua identidade se perdeu na imensidão dos arcanos...
renascerá para não se perder de vez de si...
de seu destino...
e do amor que navega no grande mar do inconsciente coletivo de emoções para o seu subconsciente...
mais será revelado...

Cléber Otávio.

domingo, 6 de março de 2016

Caçador de Mim



Olho pelas janelas de minha alma e os espelhos foram tapados
Já esqueci meu rosto...
Diante dos Deuses tive que reinventar minha imagem para não esquecer quem sou, quem fui...

Olho pelas janelas do meu coração e seus espelhos já não refletem tua imagem,
não refletem a imagem de ninguém que não seja eu...
Já esqueci teu rosto... Já esqueci os tantos rostos que acariciei...
Diante dos deuses e de mim mesmo reinventei...
Não o amor, mas a forma de andar em suas estradas desbravar seus verdes campos...

Minha luz só serve para iluminar os meus porões...
Meus porões só servem para que se percam meus demônios internos...
No submundo que habita meu inconsciente rege em mar revolto a fria luz da grande mãe... do grande pai...
E este universo estilhaça os demônios que por lá aparecem...
Por fim sou meu maior monstro, por isso me tornei caçador de mim...

Cléber Otávio.