sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dialética do amor


Não há nada além de um deserto árido que rege um profundo vazio em você...
Não há nada além da dor da espada saindo de meu peito
Não há nada...

Os versos de solidão me acompanham e neles costuro a ilusão de te tocar...
Mas A espada que sai também ensina...
Que minha esperança é infundada
que não há nada que dignifique minha honra...

Nada...

Nada que não seja minha estima por mim...
Pois quem estimará um guerreiro se ele assim não se fizer?
Quem amará tal guerreiro se ele assim não se amar?

Mas é nas rugas cansadas do tempo que repouso minhas esperanças...
é em meus cabelos brancos que tranço as experiências ao meu sentir...
é nas marcas que que carrego no corpo...
Nas marcas que carrego na alma que lembro de cada batalha que passei...

Enfim é em frente ao espelho que vejo por trás de meus olhos a fera que me mantém vivo ainda...
Que me mantém Digno e honrado perante o que chamam por aí de vida
Perante o que chamam por aí de amor
Perante o que chamam por aí de amizade
Perante os segredos arcaicos de uma temperança que não se perdeu de mim...

Então outros dias vieram...
outros corpos quentes,
outros lábios,
Outra alma que entre buscas e dissabores me leva lugares que eu já havia esquecido que existiam em mim
Coisas que dão sentido ao que por tanto tempo procurei...
Ser simplesmente Homem
Simplesmente Mulher
Simplesmente Eu...

Cléber Otávio

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado a ti querido por acompanhar este trabalho tão intenso de dividir minhas impressões e vivências e ter comentado no blog.

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