domingo, 15 de novembro de 2015

Eternidade Oceânica



Talvez eu só conheça essa forma de ser.
meu mundo só se organiza quando as cartas são postas à mesa...
Então vislumbro o amanhã com os olhos de Deus...

Talvez eu só conheça essa forma de ser
Pois meu mundo só tem sentido quando sou honesto comigo
Então vivo o que sinto e meu coração se encontra no vazio com o teu...

Talvez, eu só conheça essa forma de ser
Pois meu caminho sempre se faz tortuoso e funesto...
então vivo o turbilhão de saudades que em mim habita...

Subo pelo eixo de minha alma
até o pequeno cantinho que me escondo diante do espelho
para me lembrar quem sou...
Então sou puxado pelo espelho
E sou projetado aos verdejantes gramados da terra do nunca...

Lá me esqueço do que sou
do fui
de quem amei
ou porque algum dia me magoei...
me distancio de tudo que sinto,
de tudo que vivo
para tornar-me apenas sonho e ternura...
Para tornar-me instinto puro na vastidão dos meus desejos...


Para por fim acordar de um dantesco sonho
em que me vesti de mim para encontrar
comigo na eternidade oceânica do meu inconsciente

Mas...
o sonho só tem sentido quando é buscado
então faço-me verbo de Deus
e...
Mais uma vez acordo pra vida...
como se fosse o último dia...
é...

Talvez eu só conheça essa forma de ser...
sem deixar de ser eu
Sem me perder na sina desencantada de Prometeu...
Pois meu mundo só tem sentido quando me permito
Então sigo mais uma vez na felicidade
quase ilusória de me perder nos lábios teus...

Cléber Otávio.

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