quinta-feira, 12 de março de 2015

Hunter


Em sua longa jornada, a grande cavalgada do nunca ele pergunta aos seus instintos
Viver ou Morrer?
Seu corpo sobrevoa o infinito através do inconsciente coletivo...
Pegou sua chance antes da poesia pagã se perder na flutuação do lado obscuro da Lua...
Enforcado pelo seu carma, ele caminha pelas estrelas nos intermináveis sonhos que vive sua alma ao se desprender...
Um novo olhar que se lança, uma oportunidade de recomeçar...
Um começo limpo, de perspectivas infinitas...

Sozinho, Sozinho...

Cavalga solitário pelas florestas, montanhas e vales que desbrava...
Alto como voam as águias de Zeus, voam seus pensamentos...
Tudo menos a garota que um dia lhe tentou sufocar
Tudo menos a mulher que assassinou seu destino, que afastou seus amores, zombou de suas dores e da inalcansável forma de amar seus iguais...
Amores que se somem como a brumas se desfazem sobre o rio ao amanhecer...
Sua dor se moldou ao momento de sua cavalgada...

Hunter, seu unicórnio Alado agora descansa junto do cavaleiro... expia junto dele seu perjúrio, suas dores...
O ama carinhosamente até que seu cavaleiro tenha alguém para amar...

Cavaleiro indomável que segue pelas intermináveis estradas da vida...
Mas aonde andará seu amor...
Ao desposar Guerreiros, príncipes e donzelas, coleciona momentos de dor, ternura
Que ao transformar em poesia tornam-se imortais...

Se ele fosse dono do seu destino, poderia buscar seu amor...
Do outro lado do oceano talvez
Talvez...
Talvez atrás da próxima montanha...
Cavalgaria pelas nuvens se preciso fosse desbravaria os ventos até a janela do seu amado...
O resgataria de sua expiação e os dois voariam juntos a comungar o amor
rumo a terra do nunca...
De onde nunca deveriam ter saído...


Cléber Otávio.



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