quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Pangéia Psicodélica

Por todos os lados que lanço o meu olhar só posso vislumbrar horizontes...
Distante versa uma voz doce, que agora é apenas parte de uma lembrança torpe...
Deu lugar a uma voz rouca que versa o amor e a solidão sentida de uma alma velha...
Essa é sua voz hoje
Seu velho eu teve que fazer as malas e se despedir do seu novo eu...
e a estrela do amanhecer ficou lá mesmo quando todas as outras já tinham ido embora...

Ela esperou o Sol para espiar sua beleza e sua luz,
com a falsa esperança de poder levar seu brilho consigo no breu da noite escura...
Dores que não parecem levar a lugar algum...
Dores que não pode evitar sentir...
Dores...

A luz solar dissipou seu lamento, pelos olhos do seu amado que só pode brilhar o amor através das estrelas...

Mas ele rasgará o céu em sua cavalgada a procura do infinito mais uma vez...
E lá aonde o sol toca a terra ele se perderá de si mesmo
para por fim se encontrar e acordar do pesar que há neste pesadelo de horizontes sombrios...

Enxergando já com os olhos do grande espírito, as sombras e os medos ficam para trás, junto com o mundo que um dia caminhou...
Agora a rouquidão de sua voz canta um futuro ainda não desenhado,
vislumbrado apenas pelo sentir do seu amado que
tem agora como morada a Pangéia psicodélica...
o Absoluto, de onde veio...
Para onde voltará Quando sua jornada terminar...

Cléber Otávio.

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