sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Versos

Na ânsia de fazer um verso
e na falta de inspiração
Fechei os olhos, larguei o lápis
e dei asas à imaginação.
Ela voou tão alto, foi tão longe
que na semana seguinte recebi um postal:
- Passarei as férias no Caribe só volto para o Carnaval.

Elisa H. G. Bernardon

domingo, 1 de setembro de 2013

Ilusões

Ilusões de encanto,
Ilusões de paixão,
Ilusões amorosas,
ilusões sentidas que o levam a passear num imenso bosque encantado
Repleto de fantasias, desejos e saberes da terra...
Um lugar para todos, onde pulsa um pedaço do infinito e todos os sonhos acontecem naturalmente...
Lá as ilusões são a verdade...
Lá ele pode passar por corpos ou almas, sem tocar ou ser tocado...
Pode aquecer, ou esquecer de tudo e entregar-se a poesia mundana que os corpos quentes o convidam a sentir...
Sentir o amor que pulsa em sua alma e que só nela pode ser sentida...
O amor que vê-se no castanho dos olhos do seu amado, que não pode ser tocado ou alcançado...
O amor que aquele sentir não realiza, que sua mente insana não larga...
Que as declarações mais tórridas e todas as poesias versadas ou cantadas não conquista, mas afasta...
Para não perder a poesia, o pajem que nele habita o leva em seu unicórnio azul para este mundo de sonhos e ilusões...

O que era fraterno, um dia ganhou pulso, desejo e um amor profundo que fora resgatado na alma deles...
Mas como outros amores que outrora se foram... funebremente perderam a poesia do seu ser.
Funebremente se esvaíram como uma maldição que ânsia pelo seu fim...
Uma folha que não tem espaço para escrever novas histórias, textos ou poesias, pois está toda amassada, furada, rasgada e riscada...
Então o caminhar em direção ao horizonte verdejante devolve o calor ao seu espírito e alivia suas dores...
o deserto, o vale das sombras e o bosque encantado ficaram pra trás, pois não se pode viver lá pra sempre...

Agora leve, livre de tais ilusões...

Restou apenas ele, seus escudos, espadas e armas de um guerreiro iniciado...
Uma nova estrada pronta para ser desbravada pelo sonhador que nele vai sempre morar...
Ou um caçador de ilusões que nunca há de chorar...

Cléber Otávio.