domingo, 14 de novembro de 2010

Flor de Lótus

Só me restaram os escombros da solidão...
Por instantes a fonte do amor secou...
A fluidez da vida foi estancada pelo medo e pela vergonha de simplesmente ser...
Pela Ria passeiam os barcos que vão movimentando as águas salgadas e lamacentas da emoção...
No horizonte, o mar engole o Sol e com ele vai a esperança de te ter de novo...
Muitos são os seguidores, mas escolhidos, são poucos.
No brilho frio da Lua está o olhar atento da Deusa mãe, que chora ao ver o seu filho negar a si mesmo... Suas lágrimas regaram os jardins do amor e na delicadeza singela da flor de Lótus a fluidez da vida retoma o seu curso...
E no horizonte, o barquinho dos amantes navega e o sentimento fluido nas águas brilha mais que o próprio Sol...

Cléber Otávio.

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