quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caverna

Tento apagar-te da memória, mas a vida sempre te traz de volta, por outros rostos, em outros corpos e situações... sempre voltas...
Já mergulhei intensamente pra dentro de mim na esperança de me libertar de ti... desbravei o ideograma humano, o segredo de Thot.
Já perdi as contas das vezes que pelo meu livro das sombras pedi clemência a Deusa mãe, escrevendo e falando dos meus labirintos internos que muitas vezes levam a ti...
Bem haja luz nos escombros da solidão, já saí da caverna mas ela ainda habita em mim... O cavaleiro de espadas me sedeu suas armas e em segredo luto com os monstros que ainda moram na caverna...
De ti agora tenho apenas uma vaga lembrança de um sonho feliz que ainda está por vir...

Cléber Otávio.