segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Repressores da pátria...

Ora quem és tu? Quem pensas que és?
Que coragem! Reprimir-me? Para que? Para que eu não seja mais eu mesmo? E qual o problema comigo? Não sou diferente de ninguém! Apenas sou eu mesmo… acredito em sanidade, em lucidez! Não posso viver fingindo, não posso viver uma vida de aparência como tu! Não posso! Não posso me perder de mim, sua repressão no fundo é inveja de quem goza a vida plenamente! Tua postura desonra a raça humana... Desonra tantas vidas que foram perdidas na busca pela liberdade de expressão, liberdade de ser o que se é!
Que pena! Todo esse sentimento negado, todos esses desejos negados, te transformaram num eterno insatisfeito. Confundir adequação com submissão é falta de personalidade… Espero não estar sendo apegado demais ao que penso e sinto, não quero ser egocêntrico como és…
Seu recalque fez criar dentro de ti um monstro, que pensa que pode tudo por que és socialmente bem aceito… Mas esse monstro não cala, não para, e de repente um dia na escuridão da noite a ilusão do álcool, a doce ilusão das drogas te liberta o monstro, que vergonha, acordas nu, e entre vibradores e pessoas ainda ávidas por fugir de si mesmas, pessoas que são como mortos vivos, são zumbis, sange-sugas que já morreram, mas não sabem... agora és um deles... então tu se desespera… o monstro criou vida própria, já não há mais controle… Como preferes a morte a ser tu mesmo… no breu da noite fria e úmida acordas em uma vala sangrenta, na sargeta que tanto desprezava… Adeus! Pois para mim já estás morto há muito tempo… Adeus! Meu luto de tua morte vai ser viver a vida cada vez mais e melhor... Adeus!
Cleber Otavio.

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